O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é um dos movimentos sociais mais influentes e polêmicos do Brasil, conhecido por sua luta pela reforma agrária. Fundado em 1984, o MST organiza trabalhadores rurais para ocupar terras, muitas vezes de forma ilegal, sob o lema “Ocupação é a única solução”.
O movimento alega ter conquistado terras para milhares de famílias e promovido a agricultura familiar, mas suas ações frequentemente geram críticas devido a práticas violentas, destruição de propriedades e associação com ideologias de esquerda radical.
Este texto narra a história do MST, destacando fatos, realizações e crimes associados ao movimento.
O MST nasceu em um contexto de alta concentração de terras no Brasil.
Em 1979, ocupações espontâneas começaram no Sul do país, apoiadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), vinculada à teologia da libertação. O movimento foi formalmente fundado entre 21 e 24 de janeiro de 1984, no 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em Cascavel (PR).
Seu objetivo inicial era pressionar por reforma agrária, distribuindo terras improdutivas para famílias sem terra.
Desde o início, o MST adotou táticas de ocupação de terras, muitas vezes invadindo propriedades privadas, o que gerou conflitos com fazendeiros e autoridades. A influência de ideologias socialistas, inspiradas em movimentos como a Revolução Cubana, moldou sua organização hierárquica e discurso anti-capitalista, segundo o artigo da Brasil Paralelo.
Nas décadas de 1980 e 1990, o MST cresceu, organizando ocupações em 24 estados. Até 2024, o movimento conquistou terras para cerca de 450 mil famílias, criando assentamentos com cooperativas e agroindústrias, segundo dados fornecidos pelo movimento.
A Marcha Nacional de 1997, que levou 1,3 mil ativistas à Brasília, pressionou o governo a criar políticas de reforma agrária, como o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O MST também investiu em educação, com escolas em assentamentos e a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), inaugurada em 2000.
O movimento afirma possuir 3 objetivos principais:
João Pedro Stedile, cofundador e um dos líderes do movimento, afirmou sobre o MST:
"Nós surgimos a partir de movimentos orgânicos para que os camponeses oprimidos do Rio Grande do Sul não tivessem que ser exilados do seu Estado. Surgimos como união de camponeses brasileiros que desejavam a reforma agrária".
O MST foi se desenvolvendo e passou a atuar em diferentes áreas. Além da luta no campo em prol da reforma agrária, os membros do grupo trabalham com setores de núcleos de ação, especialmente nas áreas:
No entanto, essas ações vieram acompanhadas de controvérsias. O MST é acusado de promover invasões ilegais, destruição de propriedades e práticas de coerção.
Um exemplo notório foi a invasão da fazenda da Cutrale em Iaras (SP), em 2009, onde ativistas destruíram 12 mil pés de laranja, causando prejuízo de R$ 1,2 milhão. A ação, amplamente documentada, gerou indignação pública e reforçou a imagem do MST como um grupo que desrespeita a propriedade privada.
O MST é frequentemente associado a atos criminosos, como invasões violentas, depredações e até homicídios.
O movimento foi acusado de usar táticas de intimidação, como ameaças a fazendeiros e ocupação de terras produtivas, violando o princípio constitucional de que apenas terras improdutivas podem ser desapropriadas. Entre os episódios mais graves estão:
A revista Exame listou alguns dos casos de invasão e destruição mais emblemáticos do MST:
Entre 1985 e 2024, o MST esteve envolvido em milhares de ocupações, muitas resultando em danos materiais e confrontos.
O movimento também é criticado por sua proximidade com partidos de esquerda, como o PT, e por receber financiamento público durante governos aliados, o que levanta questionamentos sobre sua autonomia.
Nos últimos anos, o MST ampliou sua pauta, promovendo a chamada Reforma Agrária Popular, que inclui agroecologia, soberania alimentar e alianças com movimentos urbanos.
O movimento organiza feiras, como a Feira Nacional da Reforma Agrária, prevista para 8 a 11 de maio de 2025 em São Paulo, e doa alimentos, como as 11 toneladas enviadas a Gaza em 2023.
Críticos, como os deputados Ricardo Salles e Paulo Bilinsky, argumentam que o MST continua a praticar invasões e a desrespeitar a propriedade privada.
Em 2023, ocupações no Pontal do Paranapanema (SP) reacenderam debates sobre a legalidade das ações do movimento. Além disso, a retórica anti-agronegócio do MST é vista como um obstáculo ao desenvolvimento agrícola, já que o setor responde por 27% do PIB brasileiro.
João Pedro Stedile, líder do MST, critica o agronegócio por concentrar 80% das terras cultiváveis e priorizar monoculturas de exportação, como a soja, comprometendo a soberania alimentar. Ele acusa o setor de enriquecer multinacionais enquanto expulsa camponeses, perpetuando desigualdades, conforme declarado em 2019 na Escola Nacional Florestan Fernandes.
Stedile denuncia os danos ambientais do agronegócio, como o uso de 20% dos agrotóxicos globais e o desmatamento da Amazônia para pastagens e plantações. Ele chama o modelo de “ecocida” por esgotar solos e água, defendendo a agroecologia como alternativa sustentável promovida pelo MST.
Com mais de 40 anos de história, a produção de arroz orgânico do MST representa menos de 1% da produção do grão no país.
O MST realiza ocupações contra o agronegócio, como a da fazenda da Cutrale em 2009, destruindo 12 mil pés de laranja, e a da Suzano em 2016, protestando contra plantações de eucalipto.
O movimento organiza bloqueios de rodovias, como em 2021, para denunciar exportações de soja em meio à fome, e critica leis que favorecem latifundiários, como o PL da Grilagem. Essas táticas geram tensão com o setor agrícola, que representa 27% do PIB.
A Reforma Agrária Popular do MST promove a agroecologia, com cooperativas como a Coopan produzindo arroz orgânico.
A organização também enfrenta resistência de governos conservadores, como o de Jair Bolsonaro (2019-2022), que cortou verbas para assentamentos e reforçou a criminalização do movimento.
O MST, fundado em 1984, marcou a história do Brasil com sua luta pela reforma agrária, conquistando terras para famílias sem terra. No entanto, suas táticas de ocupação ilegal, destruição de propriedades e episódios de violência, como a invasão da Cutrale e conflitos com mortes, geram críticas contundentes.
O movimento é acusado de desrespeitar a lei, causar prejuízos econômicos e promover uma agenda política radical. Para uma análise aprofundada, assista ao novo documentário da Brasil Paralelo sobre o MST, que explora suas ações, crimes e impacto no Brasil. Informe-se e forme sua própria opinião sobre o MST.
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