Sociologia
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Os Sem Terrinhas - conheça o movimento infantil do MST e suas controvérsias

Descubra quem são os Sem Terrinhas, as crianças envolvidas no MST, e entenda as práticas e controvérsias do movimento, incluindo críticas sobre doutrinação e manipulação.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
14/5/2025 23:37
Imagem: arte do MST.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é uma força influente no Brasil, conhecido pelas invasões a fazendas e sua luta pela reforma agrária. Dentro de sua estrutura, destaca-se um grupo que gera tanto curiosidade quanto preocupação: os Sem Terrinhas, crianças envolvidas nas atividades do movimento.

Quem são essas crianças? Qual é o propósito de sua participação? Este artigo explora a origem, as práticas e as controvérsias dos Sem Terrinhas, incluindo a educação marxista do movimento. Confira.

  • Conheça histórias autênticas e inéditas do MST: descubra relatos de ex-militantes e outros envolvidos, que compartilham experiências sobre os métodos e objetivos do movimento no novo documentário da Brasil Paralelo - toque aqui para saber mais.

O que você vai encontrar neste artigo?

O que são os Sem Terrinhas? Origem e contexto

Os Sem Terrinhas são crianças, geralmente filhos de trabalhadores rurais acampados ou assentados pelo MST, que são educados pelos membros do movimento e participam de suas atividades ideológicas. 

Fundado em 1984, o MST surgiu com a missão de lutar pela redistribuição de terras improdutivas, pela agricultura orgânica e por uma sociedade ordenada com estilo marxista. Os primeiros membros eram ativistas de esquerda, camponeses e membros da teologia da libertação, segundo disse um dos fundadores, José Pedro Stédile.

A partir dos anos 1990, o movimento começou a organizar eventos específicos para crianças, como o "Encontro Nacional dos Sem Terrinhas", com o objetivo de integrá-las à luta social.

Objetivos dos sem terrinha

Segundo o MST, os Sem Terrinhas têm como objetivo promover a educação no campo, a cidadania e a conscientização sobre desigualdades sociais. Em 2014, durante uma ocupação do Ministério da Educação em Brasília, crianças do MST cobraram a criação de escolas no campo e melhores condições de infraestrutura. 

A ação destacou a luta por um sistema educacional que valorize a realidade do campo e combata a desigualdade social, segundo o site do MST.

Por meio de oficinas, brincadeiras e atividades artísticas, como produção de cartazes e apresentações culturais, o MST busca fortalecer a identidade das crianças com a luta pela terra e a vida no campo, conectando-as à história do movimento.

Formação política e controvérsias

As crianças são incentivadas a compreender os ideais do movimento, como a luta pela reforma agrária e a resistência contra desigualdades, participando de atividades que desenvolvem sua consciência crítica e engajamento social, de acordo com o site do movimento.

Essa é a realidade dos Sem Terrinha que mais gera polêmica. Em entrevista ao mais novo documentário da Brasil Paralelo, MST - Terra Prometida, diversos ex-integrantes do MST falaram sobre a experiência no grupo. 

Segundo Pedro Pôncia e Liva Costa, o movimento usa as crianças como escudo humano em confrontos com a polícia. Eles ainda afirmam que as escolas são centros de doutrinação comunista. Segundo Liva:

Deputada federal Carolina Detoni mostrando uma escola do MST no interior de São Paulo. Trecho do documentário MST - Terra Prometida.

Um internauta comentou em um vídeo sobre o uso de escudo humano pelo MST:

MST expande suas atividades

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