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Atualidades
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China prepara investimentos bilionários para expandir presença no Brasil

Bilhões de dólares investidos pelo governo Xi Jinping indicam novo estágio na relação econômica com o Brasil.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
13/8/2025 12:09
Ricardo Stuckert

A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Após o anúncio das novas tarifas de Donald Trump sobre o país, a aproximação entre as duas nações se intensificou.

A relação econômica avançou além do comércio de commodities e ganhou força no campo dos investimentos.

Segundo a ApexBrasil, empresas chinesas devem investir mais de R$27 bilhões no país até 2032. Isso consolida a presença chinesa em setores importantes como energia, logística, mineração, tecnologia e indústria automotiva.

Em 2023, o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) registrou R$9,31 bilhões em investimentos diretos chineses no Brasil, alta de 33% em relação ao ano anterior. Quase 40% desse valor foi destinado ao setor elétrico e um terço à indústria automotiva.

Entre janeiro e junho de 2025, os aportes somaram R$2,04 bilhões, superando o total anual investido desde 2018.

  • Uma nova Guerra Fria estaria em curso? E se a China assumir a liderança mundial? Para analisar a essas questões, a Brasil Paralelo lançou seu primeiro documentário internacional, O Fim das Nações. O terceiro episódio está disponível gratuitamente.

Interesses estratégicos

Especialistas afirmam que a aproximação sino-brasileira é guiada por objetivos complementares.

A China busca garantir o fornecimento de alimentos e energia para sustentar sua população e indústria. O Brasil procura atrair investimentos e ampliar o acesso a novos mercados para seus produtos e serviços.

Para a advogada Vivian Fraga, da TozziniFreire, “a China busca segurança alimentar e energética; o Brasil, capital e novos mercados”.

Ela destaca que os aportes recentes abrangem também o varejo digital e a transição energética.

Comércio bilateral

A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2024, respondeu por 28% das exportações e 41% do superávit comercial brasileiro.

Três produtos concentraram 75% das vendas:

  • soja (33,4%);
  • petróleo bruto (21,2%);
  • minério de ferro (21,1%).

Também foi o maior fornecedor de produtos ao Brasil, com 24,2% das importações, quatro vezes mais do que em 2004. Entre os itens mais comprados estão veículos elétricos, equipamentos de telecomunicação e máquinas industriais.

Comparação com os EUA

Apesar do avanço chinês, os Estados Unidos ainda lideram o estoque de investimentos no Brasil, com aproximadamente R$1,926 trilhão em 2024, quase cinco vezes mais que o total chinês.

Medidas protecionistas adotadas pelo governo Donald Trump, como a elevação de tarifas sobre produtos brasileiros, podem favorecer a aproximação com Pequim.

Setores e aportes anunciados

Mobilidade e automotiva

  • GWM: R$10 bilhões até 2032, incluindo expansão de produção e exportações.
  • BYD: R$5,5 bilhões em fábrica na Bahia com capacidade para 600 mil veículos/ano.
  • GAC: R$7,4 bilhões, com centro de P&D no Nordeste.
  • DiDi (99): R$1 bilhão para relançar 99Food e criar 10 mil pontos de recarga.

Energia

  • Envision Energy: até R$5 bilhões em hub industrial e hidrogênio verde.
  • CGN: R$3 bilhões em energia solar e eólica no Piauí.

Tecnologia e semicondutores

  • Longsys/Zilia: R$650 milhões em fábricas no SP e AM.
  • Bytedance e Huawei: planos para centros de dados no Brasil.

Mineração

  • CMOC: minas de nióbio e fosfato (compra de aproximadamente R$8,09 bilhões).
  • Baiyin Nonferrous: R$2,4 bilhões na Vale Verde (cobre).
  • BYD: exploração de lítio em MG.
  • CNT: R$2 bilhões na Mina de Pitinga (estanho).
  • MMG: cerca de R$3 bilhões em níquel.

Serviços

  • Meituan/Keeta: R$5,6 bilhões em delivery.
  • Mixue: R$3,2 bilhões na rede de fast food.
  • UnionPay: estreia no Brasil com emissão de cartões e integração financeira.

O movimento acompanha a estratégia chinesa da Iniciativa Cinturão e Rota, que prioriza infraestrutura e diversificação de cadeias de suprimento em países parceiros.

Com anúncios que ultrapassam R$27 bilhões até 2032 e presença em setores que vão da mobilidade à tecnologia, a China consolida um volume de investimentos inédito no Brasil.

A distribuição desses aportes em diferentes áreas produtivas e de infraestrutura confirma o avanço de uma relação econômica que se expandiu para além do comércio de commodities. A expectativa é que essa parceria permaneça relevante nos próximos anos.

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