A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Após o anúncio das novas tarifas de Donald Trump sobre o país, a aproximação entre as duas nações se intensificou.
A relação econômica avançou além do comércio de commodities e ganhou força no campo dos investimentos.
Segundo a ApexBrasil, empresas chinesas devem investir mais de R$27 bilhões no país até 2032. Isso consolida a presença chinesa em setores importantes como energia, logística, mineração, tecnologia e indústria automotiva.
Em 2023, o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) registrou R$9,31 bilhões em investimentos diretos chineses no Brasil, alta de 33% em relação ao ano anterior. Quase 40% desse valor foi destinado ao setor elétrico e um terço à indústria automotiva.
Entre janeiro e junho de 2025, os aportes somaram R$2,04 bilhões, superando o total anual investido desde 2018.
Especialistas afirmam que a aproximação sino-brasileira é guiada por objetivos complementares.
A China busca garantir o fornecimento de alimentos e energia para sustentar sua população e indústria. O Brasil procura atrair investimentos e ampliar o acesso a novos mercados para seus produtos e serviços.
Para a advogada Vivian Fraga, da TozziniFreire, “a China busca segurança alimentar e energética; o Brasil, capital e novos mercados”.
Ela destaca que os aportes recentes abrangem também o varejo digital e a transição energética.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2024, respondeu por 28% das exportações e 41% do superávit comercial brasileiro.
Três produtos concentraram 75% das vendas:
Também foi o maior fornecedor de produtos ao Brasil, com 24,2% das importações, quatro vezes mais do que em 2004. Entre os itens mais comprados estão veículos elétricos, equipamentos de telecomunicação e máquinas industriais.
Apesar do avanço chinês, os Estados Unidos ainda lideram o estoque de investimentos no Brasil, com aproximadamente R$1,926 trilhão em 2024, quase cinco vezes mais que o total chinês.
Medidas protecionistas adotadas pelo governo Donald Trump, como a elevação de tarifas sobre produtos brasileiros, podem favorecer a aproximação com Pequim.
Mobilidade e automotiva
Energia
Tecnologia e semicondutores
Mineração
Serviços
O movimento acompanha a estratégia chinesa da Iniciativa Cinturão e Rota, que prioriza infraestrutura e diversificação de cadeias de suprimento em países parceiros.
Com anúncios que ultrapassam R$27 bilhões até 2032 e presença em setores que vão da mobilidade à tecnologia, a China consolida um volume de investimentos inédito no Brasil.
A distribuição desses aportes em diferentes áreas produtivas e de infraestrutura confirma o avanço de uma relação econômica que se expandiu para além do comércio de commodities. A expectativa é que essa parceria permaneça relevante nos próximos anos.
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