“Tarifaço” significa um aumento de impostos aplicado a vários setores de uma só vez.
Neste caso, é como a mídia está chamando a decisão de Trump de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil.
O presidente americano alega fatores políticos. A carta em que ele anunciou a medida começa falando sobre o julgamento de Bolsonaro no STF.
“Conheci e tratei com o ex-Presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros líderes de países. A forma como o Brasil tem tratado o ex-Presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”
O documento segue levantando acusações de que o país teria violado a liberdade de expressão e implementado medidas antidemocráticas:
“Em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro)”
Os EUA são o segundo maior comprador dos produtos brasileiros, atrás apenas da China.
As exportações brasileiras para os EUA atingiram o valor de R$223,6 bilhões no ano passado. No mesmo período, o Brasil importou o equivalente a R$231 bilhões, segundo a CNN..
Isso significa que o país teve um déficit comercial nas relações com os Estados Unidos em 2024.
As novas tarifas de Trump vão atingir cerca de 12% das exportações brasileiras, a parti do dia 1º de agosto.
Isso prejudica a estabilidade que o país vinha mantendo em meio à guerra comercial mundial e pode causar instabilidade em setores-chave, como siderurgia, carnes e café.
A incerteza sobre os rumos da relação EUA e Brasil e o temor de retaliações aumentam a desvalorização do real frente ao dólar.
Desde o anúncio das tarifas o dólar subiu para R$5,5, invertendo a tendência de queda que vinha apresentando e chegando ao maior valor desde junho.
O que torna produtos importados ainda mais caros, aumentando custos de produção no país e alimentando a inflação.
Com a inflação em alta, o Banco Central pode ser forçado a subir as taxas de juros para tentar controlar o crescimento de preços.
Isso deixa os empréstimos mais caros e desestimula investimentos, fragilizando ainda mais a economia brasileira.
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