O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, comparou a situação atual da ilha com o cenário europeu pré Segunda Guerra Mundial.
Durante a primeira comemoração oficial do fim da guerra na Europa realizada em Taiwan, o presidente declarou:
"Oitenta anos após o fim da guerra europeia, a mensagem da história é clara. Hoje, 80 anos depois, compartilhamos os mesmos valores e enfrentamos desafios semelhantes a muitas das democracias que participaram da guerra europeia".
Com uma referência à China, Lai chamou "pessoas e países amantes da liberdade" a trabalharem em conjunto contra regimes totalitários:
"A amarga experiência da Segunda Guerra Mundial nos diz que o apaziguamento só tornará os invasores mais gananciosos e expandirá suas ambições".
A cerimônia em Taiwan teve elementos simbólicos. Iniciou com um vídeo que exibia trechos dos desembarques do Dia D na Normandia e gravações de áudio do discurso de Winston Churchill, "Lutaremos nas praias".
Representantes europeus participaram do evento, como a britânica Ruth Bradley-Jones, e o chefe do Escritório Econômico e Comercial Europeu em Taiwan, Lutz Güllner.
O chefe do escritório de Taiwan do European Values Center for Security Policy, Marcin Jerzewski, disse em entrevista ao The Guardian que Lai procurou:
"Enviar a mensagem de que a segurança e a prosperidade de Taiwan e da Europa ainda estão interligadas, para que os parceiros europeus que temem uma possível retirada das garantias de segurança americanas da Europa não se afastem de seus compromissos com o Indo-Pacífico e a segurança no Estreito de Taiwan".
Este esforço para posicionar Taiwan como um ator ativo no palco internacional é importante para o que Lai descreveu como um "momento geopolítico carregado".
O discurso de Lai aconteceu um dia antes da chegada de Xi Jinping em Moscou para as comemorações russas do fim da Segunda Guerra Mundial.
O presidente chinês também comentou sobre Taiwan em um artigo que publicou na mídia russa sobre a cooperação entre chineses e soviéticos durante a guerra:
"Não importa como a situação na ilha de Taiwan mude, não importa como forças externas a perturbem, a tendência histórica de que a China acabará por se reunificar definitivamente é imparável".
Os dois países foram unidos até dezembro de 1949, quando o governo chinês se refugiou na ilha após as forças do Partido Comunista conquistarem Pequim.
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