A legalização do aborto continua sendo rejeitada pela maioria dos brasileiros. Segundo pesquisa divulgada pelos institutos Ipsos e Ipec, 75% da população é contra descriminalizar o aborto no país.

Apenas 16% são a favor e 6% se declaram neutros. Outros 1% não souberam ou não quiseram responder.

Os dados, divulgados nesta segunda-feira (28) fazem parte do “Índice de Conservadorismo Brasileiro” e mostram que o número de pessoas contra a legalização cresceu em relação a 2023, passando de 73% para 75%.

Já o apoio à legalização caiu de 18% para 16%.

A pesquisa foi feita entre os dias 3 e 8 de julho, com 2 mil pessoas, em 131 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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Conservadorismo segue alto no país

Apesar de uma leve queda, o índice de conservadorismo no Brasil continua elevado.

A nota geral caiu de 0,665 em 2023 para 0,652 em 2025, numa escala de 0 (totalmente progressista) a 1 (totalmente conservador).

Ainda assim, 49% da população têm perfil classificado como altamente conservador.

A redução foi  maioria em grupos como:

• Mulheres (de 0,650 para 0,619);
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Brasileiros com renda de até um salário mínimo;
• Moradores das regiões Norte e Centro-Oeste.

Por outro lado, houve crescimento entre homens, pessoas com ensino superior, moradores de capitais e famílias com renda acima de cinco salários mínimos.

Aborto, armas e segurança: o que pensam os brasileiros?

Além da rejeição à legalização do aborto, a pesquisa mostra que o apoio a pautas de segurança pública continua alto:

• 72% defendem prisão perpétua para crimes hediondos;
• 65% apoiam a redução da maioridade penal;
• 43% são favoráveis à pena de morte;
• 40% apoiam a posse de armas;
• 34% são a favor do porte de armas.

Já o apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo caiu pela primeira vez desde 2010 passou de 44% para 36%. A rejeição subiu para 47%.

O levantamento reforça que o Brasil registrou um recuo discreto no índice geral de conservadorismo. Ainda assim, a maioria da população segue alinhada a posições consideradas conservadoras.

Principalmente em temas como aborto, segurança pública e valores familiares.

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