O G20 definiu que os próximos anos devem buscar uma economia sustentável e inclusiva. No texto final da cúpula, os líderes destacaram “urgência” em abordar as desigualdades, colocando-as como centro da agenda do grupo.
Os líderes das 20 principais economias do mundo se reuniram na segunda-feira, 18 de novembro, e hoje no Rio de Janeiro. Eles discutiram soluções para problemas do mundo e elaboraram um acordo sobre os próximos passos dessas nações.
Entre os principais temas que foram debatidos constaram:
- o incentivo à divisão igualitária de tarefas entre homens e mulheres na sociedade;
- importância da igualdade de gênero e do empoderamento feminino para o crescimento econômico global;
- preocupação com desigualdades entre homens e mulheres nas esferas pública e privada;
- ajuda humanitária à Faixa de Gaza, garantindo que Israel e Palestina possam conviver pacificamente;
- criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, por iniciativa de Lula;
- riscos da Inteligência artificial para o bem estar das pessoas;
- compromisso em realizar plenamente o Acordo de Paris.
Faltando seis anos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, o relatório revelou que somente 17% das metas estão mostrando progresso.
- A Agenda 2030 é um plano de ação global adotado pela ONU em 2015. Tem como objetivos erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir prosperidade para todos, abordando desafios econômicos, sociais e ambientais.
Diante disso, comprometem-se a acelerar esforços para reduzir as diferenças econômicas e sociais entre países e dentro deles.
Combate à misoginia no âmbito público e privado
O encontro de 2024 marcou a reunião inaugural do Grupo de Trabalho de Empoderamento das Mulheres do G20. De acordo com o texto, eles reafirmam o “total compromisso com a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas”.
Diz a conclusão:
“Nós reconhecemos que todas as mulheres e meninas enfrentam barreiras específicas devido a diversos fatores, tais como falta de acesso à saúde, educação, desenvolvimento da carreira, igualdade salarial e oportunidades de liderança”.
Os líderes ponderam ainda que existe “a violência baseada em gênero, inclusive a violência sexual contra mulheres e meninas”. Se dizem preocupados com as discriminações “nas esferas pública e privada”.
“Lembramos nosso compromisso de acabar com a violência baseada em gênero, inclusive a violência sexual, e combater a misoginia on-line e off-line”.
A IA deve ser regulamentada
A inteligência artificial (IA) também está presente no relatório. Os mandatários dizem reconhecer a importância da tecnologia para o desenvolvimento educacional e econômico. No entanto, temem que ela prejudique as pessoas.
Nesse sentido, pede que os ministros do Trabalho desenvolvam normas para o uso da mesma, baseada nas “sugestões dos trabalhadores”.
“Nós reconhecemos que a integração das tecnologias no local de trabalho é mais bem-sucedida quando incorpora as observações e sugestões dos trabalhadores e, assim, incentiva as empresas a se engajarem no diálogo social e em outras formas de consulta ao integrar as tecnologias digitais no trabalho”.
A economia ainda está em risco
Em termos de economia global, o documento observa boas perspectivas de recuperação econômica.
Enfatiza a importância de políticas fiscais que sustentem o crescimento e a estabilidade econômica. Ao mesmo tempo, os chefes de Estado pretendem reduzir as diferenças nos níveis de crescimento entre os países.
Para viabilizar o objetivo, foi lançada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A iniciativa é do presidente Lula e tem como objetivo mobilizar recursos e compartilhar conhecimento para implementar programas de combate ao problema em larga escala.
Os líderes também ressaltaram a importância de manter políticas fiscais estáveis e controlar a inflação. Desse modo, a economia mundial poderá crescer de forma equilibrada.
Nesse sentido, o relatório destaca “a importância de combater a fome e a pobreza, especialmente após os retrocessos causados pela pandemia de COVID-19”.
Como ação concreta, foi lançada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com o objetivo de mobilizar recursos e compartilhar conhecimento para implementar programas de combate à fome e à pobreza em larga escala.
É preciso ajuda humanitária para Gaza
O dossiê aborda preocupações com relação a conflitos e crises humanitárias, especialmente na Faixa de Gaza e na Ucrânia.
Os líderes do G20 reafirmaram seu compromisso com a resolução pacífica de conflitos e destacaram a necessidade de assistência e proteção dos civis nessas regiões.
Compromisso com o Acordo de Paris
A preocupação ambiental também é um dos pontos chave. O grupo reafirmou seu compromisso com o Acordo de Paris e com ações para limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius.
Destaca-se a necessidade de aumentar o financiamento para ações climáticas, especialmente nos países em desenvolvimento.
Também quer incentivar e promover o uso de fontes de energia energéticas limpas e sustentáveis, isto é, sem a emissão de gás carbônico.
Por fim, sublinhou a necessidade de reformar as instituições de governança global para melhor refletir as realidades do século XXI, garantindo que sejam mais representativas, eficazes e transparentes.
Também saudou a inclusão da União Africana como membro pleno, reforçando a necessidade de amplificar a voz da África nos fóruns internacionais.



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