
“Eu não sei se são bandidos”. Foi assim que o jornalista Reinaldo Azevedo rebateu a declaração de Arthur Covre durante programa na BandNews FM.
Ao atualizar o número de mortos da megaoperação policial no Rio de Janeiro, Covre se referiu às vítimas como “bandidos mortos”.
Azevedo criticou o uso do termo e alertou para o cuidado com a linguagem nas coberturas sobre a ação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha.
“Eu não sei se são bandidos. A linguagem é muito importante quando a imprensa trata essas coisas. A hora que tiver a ficha de cada um dos mortos, a gente pode afirmar. Porque senão, além de a pessoa ser preta e pobre, ela perde o direito a ter uma história”, disse o jornalista.
A declaração ocorreu enquanto os apresentadores comentavam o balanço da operação, que mobilizou cerca de 2.500 agentes das forças de segurança e foi considerada a mais letal da história do estado.
A ação das polícias Civil e Militar tinha como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho nas comunidades da Penha e do Alemão.
Segundo o governo estadual, 64 pessoas morreram, entre elas quatro policiais, e 81 suspeitos foram presos. Já a Defensoria Pública do Rio afirma que o número total de mortes chega a 132, incluindo civis encontrados em áreas de mata.
A declaração de Reinaldo Azevedo ocorreu durante a cobertura da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou mais de uma centena de mortos e segue sendo investigada.
O episódio se soma às reações políticas e institucionais que marcaram os desdobramentos da ação, agora foco de apurações sobre possíveis vazamentos e excessos.
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