A organização justifica essa pontuação com fatores como o silêncio do governo Lula sobre a pauta de combate à corrupção e casos como a continuidade do ministro da Comunicação, Juscelino Filho, mesmo depois de investigações da Polícia Federal (PF).
Também foram levadas em consideração questões como as reversões de penas para os ex-condenados pela operação Lava Jato.
Um dos casos citados foi uma decisão do ministro Dias Toffoli, que anulou o pagamento de R$8,5 bilhões pela Novonor, antiga Odebrecht, e a multa de R$10,3 bilhões para o grupo J&F.
A reaproximação entre empresários que confessaram praticar corrupção com o governo Lula foi outro fator que indica o enfraquecimento do combate à corrupção.
O relatório cita os irmãos Batista, donos do Grupo J&F, que chegaram a participar de uma reunião com o presidente no Palácio do Planalto.
Apesar do cenário ruim, a ONG reconhece que houve alguns avanços no combate à corrupção no Brasil.
Para a Transparência Internacional, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de bloquear emendas parlamentares com menor transparência e o Plano de Combate à Corrupção lançado pela Controladoria Geral da União são medidas positivas do país.
Apesar dessas considerações, a percepção da ONG sobre a realidade brasileira parece não melhorar.
Este ano, o diretor executivo da Transparência internacional no Brasil, Bruno Brandão, criticou a falta de transparência do governo sobre a agenda de Janja: