O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) quer que o governo aumente o orçamento da reforma agrária em R$600 milhões. O pedido foi feito durante a Feira Nacional da Reforma Agrária e será levado a autoridades como o presidente da Câmara, Hugo Motta. O evento foi realizado em São Paulo.
Hoje, o governo destina cerca de R$400 milhões para a compra de terras, valor que o MST considera insuficiente. Segundo o movimento, seriam necessários R$1 bilhão para assentar, de forma imediata, 65 mil famílias das 120 mil que aguardam um lote.
Até agora, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) não disse se vai atender o pedido. A pasta informou apenas que o objetivo é assentar 30 mil famílias até o fim de 2025, metade já teria sido atendida. Até 2026, mais 30 mil devem ser beneficiadas.
O governo também tem usado o programa Terra da Gente, lançado em 2023, para destinar áreas públicas improdutivas ou adjudicadas (terras que viraram propriedade do Estado após decisões judiciais, como no caso de dívidas).
Mesmo reconhecendo os programas em andamento, o MST critica a lentidão e defende que o governo compre terras privadas diretamente. Segundo o grupo, cada R$100 milhões permitiriam assentar 4 mil famílias.
O tema aparece em um momento em que o governo tenta agradar tanto os movimentos sociais quanto o agronegócio, que segue criticando ações do MST, como ocupações de fazendas.
Neste ano, o governo federal também limitou em R$700 milhões o valor para aquisição de terras adjudicadas.
Há décadas, o MST cobra recursos para assentamentos e a realização da reforma agrária. Mas o problema parece não ter fim. A terra prometida nunca chega.
Para entender por quê, a Brasil Paralelo investigou as origens, ideias e práticas do movimento. Visitou grandes ocupações. Ouviu relatos de quem vive essa realidade todos os dias.
O resultado é o documentário MST – Terra Prometida. Uma obra exclusiva, com informações pouco conhecidas e análises que dificilmente chegam ao público por outros meios.
O documentário será exibido gratuitamente no dia 22 de maio. Depois disso, ficará disponível apenas na Área de Membros da Brasil Paralelo.
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