Na última sexta-feira, o influenciador Felca publicou um vídeo que sacudiu a internet.
Em pouco tempo, a denúncia sobre a sexualização e “adultização” de crianças e adolescentes nas redes sociais ultrapassou 32 milhões de visualizações.
A repercussão chegou a Brasília. O tema reacendeu o debate sobre a regulamentação das plataformas digitais e aumentou a pressão sobre o governo.
No Palácio do Planalto, a resposta foi imediata. O presidente Lula deve enviar nos próximos dias ao Congresso um projeto de lei para impor regras mais rígidas à internet.
Em entrevista, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), confirmou a iniciativa. Segundo ele, é hora de aperfeiçoar a legislação brasileira.
“Plataforma digital não pode estimular o crime. Ganhar dinheiro facilitando o crime contra pessoas vulneráveis, como crianças, idosos e adolescentes.”
Para Rui, é preciso aperfeiçoar a legislação brasileira sobre o tema.E completou:
“O presidente Lula é favorável à regulamentação, à fiscalização dessas plataformas digitais que ganham muito, muito, dinheiro às custas da saúde mental e da saúde física, às vezes, de crianças, adolescentes e mulheres.”
A pressão chegou ao Palácio do Planalto: o presidente Lula deve enviar nos próximos dias ao Congresso um projeto de lei para estabelecer regras mais rígidas na internet.
Em entrevista, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai enviar ao Congresso um projeto de lei para regulamentar plataformas digitais, com foco no combate a crimes contra crianças e adolescentes.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) também comentou o vídeo de Felca e defendeu a necessidade de regras mais rígidas para as redes sociais.
“Do outro lado, temos redes sociais onde não há regra nenhuma. Isso precisa acabar. Mídias sociais precisam de regulamentação, como todas as mídias.”
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) também defendeu a regulamentação afirmando que há pessoas que ganham dinheiro a partir da exploração da imagem de crianças e adolescentes, que “nem sequer têm consciência do que é feito com a imagem delas”.
“Por isso, é tão necessário avançar na regulamentação das redes sociais e pensar em iniciativas para proteger nossas crianças. Nosso mandato está debruçado sobre esse tema, como, por exemplo, propor que se coloque um freio na monetização a partir da imagem de crianças e adolescentes na internet”. Afirmou.
Segundo federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), o caso mostra como as plataformas digitais fecham os olhos para crimes cometidos nelas.
Ele criticou as Big Techs, acusando-as de resistirem a fiscalizar e de lucrarem tanto com conteúdos criminosos quanto com dados pessoais dos usuários.
“Pegam nossos dados, fazem o que bem entendem e nós nem ficamos sabendo”.
Para os parlamentares, a regulamentação é necessária para obrigar as empresas a agir na moderação de conteúdos e na proteção de menores.
“Se regular, elas vão ter que moderar. Mas os bilionários por trás das plataformas não estão interessados”, afirmou Boulos.
Felca publicou um vídeo denunciando um esquema sistemático de sexualização e “adultização” de crianças e adolescentes nas redes sociais. O vídeo já conta com mais de 28 milhões de visualizações
As críticas se concentram nos conteúdos do influenciador Hytalo Santos, que tinha mais de 17 milhões de seguidores.
Segundo Felca, vídeos do canal de Hytalo mostram menores em situações de conotação sexual, como danças sensuais e festas com adultos. As cenas incluem adolescentes deitados juntos sob um cobertor, filmadas por um adulto.
O caso mais grave, conforme Felca, envolve Kamylinha, que ingressou na “Turma do Hytalo” aos 12 anos e foi exposta a conteúdos sugestivos ao longo do tempo, incluindo apresentações para plateias adultas.
Assista ao vídeo completo:
Ele também denuncia o algoritmo das plataformas: ao criar uma conta nova no Instagram, em poucos minutos, o sistema recomenda conteúdos com crianças em contextos sugestivos.
Nos comentários, pedófilos usam códigos como “trade” para negociar material de abuso infantil, com links para grupos no Telegram, transformando perfis infantis em pontos de encontro para criminosos.
O vídeo gerou repercussão, com menções de Nikolas Ferreira e Felipe Neto. Isso levou a investigações do Ministério Público e Conselho Tutelar contra Hytalo, além da remoção judicial das redes de Kamylinha.
Felca defende mudanças estruturais nos algoritmos, fiscalização rigorosa e punição à exploração online, afirmando que “a internet deve ser um lugar de medo para esses pedófilos”.
As declarações dos deputados sobre regulamentação ganharam força após a denúncia de Felca. Com o tema em evidência, a proposta volta ao centro do debate político e reforça uma pauta já defendida por integrantes do governo, inclusive pelo Presidente da República.
Com a necessidade de proteger crianças e adolescentes no ambiente digital, parlamentares voltam a discutir a regulamentação das redes sociais. A dúvida que permanece é onde traçar a linha entre proteção e censura.
A participação de Vitória Reis e Victoria Marconi no podcast da Brasil Paralelo alerta para as diferentes formas de abuso e como proteger as crianças.
Além disso, outros temas relevantes são abordados na conversa, ajudando os pais a se manterem atentos e vigilantes quanto à segurança dos filhos.
O episódio completo está disponível no canal da Brasil Paralelo no YouTube.
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