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Atualidades
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Sexualização de crianças, rede de pedofilia e os perigos das redes sociais. Entenda a grave denúncia realizada pelo youtuber Felca

Em vídeo de 50 minutos, Felca denuncia a sexualização de menores nas redes, mostra como algoritmos ampliam o problema e expõe casos que já são alvo do Ministério Público, um alerta direto a pais e responsáveis.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
9/8/2025 18:33
Psicóloga e Felca conversam sobre sexuliazação infantil durante o vídeo de denúncio feito pelo influenciador. Foto: reprodução Youtube.

O youtuber Felca publicou um vídeo de cerca de 50 minutos reunindo denúncias sobre como perfis e produtores de conteúdo lucram com a exposição e a sexualização de menores

O material, que mistura trechos de programas, postagens e investigações em aberto, percorre um caminho que começa na “exposição por like”, passa pela chamada “adultização” de crianças e chega a casos graves de exploração, inclusive com indícios de participação de responsáveis.

Segundo Felca, grupos de pedófilos driblam a moderação das plataformas usando códigos, como GIFs, mais difíceis de rastrear por sistemas automatizados, e palavras em inglês.

Um exemplo é “trade” (“troca”), que, segundo ele, indica que o usuário possui material infantil e quer negociar em privado.

“Protejam suas crianças”, pede Felca, dirigindo-se a pais, educadores e qualquer adulto responsável. Assista ao vídeo completo:

De “conteúdo inocente” à adultização

Felca estrutura a denúncia em fases. Primeiro, aponta pais e responsáveis submetendo filhos a situações de constrangimento para ganhar visualizações. 

Em seguida, entra na adultização: crianças ensinando investimentos, discutindo política, repetindo “mindsets” de influenciadores, para ele, um mau gosto que prepara terreno para algo pior.

“Bel para Meninas”

Entre os exemplos iniciais, Felca cita o canal “Bel para Meninas”, em que a mãe teria induzido a filha a situações desconfortáveis (inclusive enjoo) para aumentar o engajamento.

Hytalo Santos e Kamylinha: reality com adolescentes e acusações de sexualização

Segundo Felca, o influenciador Hytalo Santos acumulava milhões de seguidores nas plataformas. Em seus conteúdos, apresentados como um “reality” com adolescentes, ele se referia às meninas como “filhas” e aos meninos como “genros” e afirmava que todos eram emancipados.

O ponto central da crítica é a sexualização dos menores: beijos, dormir de conchinha, conversas explícitas sobre sexo

Uma das envolvidas é Kamylinha, que teria começado a gravar aos 12 anos (hoje com 17) e, conforme a denúncia, passou por processo de crescente sexualização, incluindo implante de silicone, shows com coreografias sexualizadas e festas com álcool na presença de adultos.

O ápice da denúncia: o caso Caroliny Dreher

Felca destaca como mais grave o caso de Caroliny Dreher. Ela teria começado nas redes aos 11 anos, com a mãe gerindo os perfis. Com o tempo, homens adultos passaram a deixar comentários de cunho sexual. Em vez de proteger a filha, o conteúdo teria ficado mais sugestivo com roupas íntimas e danças sexualizadas.

Aos 14 anos, segundo a denúncia, conteúdos explícitos foram comercializados em plataformas +18 sob supervisão da mãe. Parte desse material vazou para fóruns de pedofilia. Pessoas próximas relataram que a adolescente foi afastada da mãe e está com a avó.

O algoritmo que amplia o problema

Para mostrar o papel das plataformas, Felca criou uma conta do zero e interagiu apenas com vídeos que mostravam crianças

Em pouco tempo, os algoritmos passaram a recomendar conteúdos que levavam a comunidades onde material sensível circulava.

A crítica central: as plataformas têm tecnologia para coibir a circulação desse material, mas não agem na velocidade necessária. Para qualificar o debate, o vídeo traz ainda uma psicóloga, que explica os efeitos psíquicos duradouros do abuso em crianças e adolescentes.

Investigações em curso

De acordo com o vídeo e com informações publicamente conhecidas, perfis ligados a Hytalo Santos e Kamylinha foram derrubados pelo Ministério Público para investigação. Sobre Caroliny, o caso segue em apuração; relatos indicam que a adolescente estaria com a avó.

O que pais e responsáveis podem fazer?

  • Acompanhe de perto as contas e interações das crianças e adolescentes.

  • Configure limites: tempo de uso, palavras bloqueadas, contas privadas e controle parental.

  • Converse abertamente sobre riscos, assédio e pedidos “estranhos” vindos de desconhecidos.

  • Denuncie conteúdos e perfis às próprias plataformas e procure as autoridades (delegacias especializadas, Ministério Público e canais oficiais como o Disque 100).

  • Guarde evidências (prints, links, datas) — mas não compartilhe o material.

Assista abaixo o episódio do podcast da Brasil Paralelo sobre abuso infantil. Ele trará mais luz a esse problema:

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