O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) condenou Jair Bolsonaro a pagar R$1 milhão por danos morais coletivos.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (16) de forma unânime. O motivo são declarações consideradas racistas pelo Ministério Público, feitas em 2021, quando ele ainda era presidente.
Além de Bolsonaro, a União também terá de pagar R$1 milhão. Os desembargadores entenderam que as falas foram ditas com o peso institucional da presidência.
O ex-presidente terá de se desculpar em jornais, TVs e em suas redes sociais. No entanto, hoje ele está proibido de usar essas plataformas por decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo o relator, desembargador Rogério Favreto, o governo pode futuramente mover ação para cobrar o ressarcimento do ex-presidente. A decisão é de natureza civil, voltada à reparação dos danos, e não tem efeito criminal. Ainda cabe recurso.
Favreto classificou as declarações do ex-presidente como exemplo de “racismo recreativo”, termo usado para designar ofensas disfarçadas de piada:
“Trata-se de comportamento que tem origem na escravidão, perpetuando um processo de desumanização das pessoas escravizadas, posto em prática para justificar a coisificação de seres humanos e sua comercialização como mercadoria.”
O Ministério Público Federal (MPF) havia pedido indenizações maiores: R$5 milhões de Bolsonaro e R$10 milhões da União. A turma reduziu os valores para R$1 milhão cada, considerando os pedidos excessivos.
O caso chegou ao TRF-4 por meio de recurso do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública da União.
Eles contestaram decisão da 10ª Vara Federal de Porto Alegre. Na ocasião, a juíza Ana Maria Wickert Theisen rejeitou a condenação de Bolsonaro ao considerar que as declarações tinham caráter individual e não atingiram a honra da comunidade negra.
- No canal da Brasil Paralelo, entenda a trajetória de Bolsonaro, da eleição em 2018 à condenação na última semana.

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