As Forças de Defesa Israelenses investigam se um dos três terroristas assassinados na operação desta quinta-feira é Yahya Sinwar.
Principal líder da milícia sunita, ele foi um dos responsáveis diretos pelos ataques de 7 de outubro.
Até o momento, Tel-Aviv ainda não revelou mais detalhes sobre o caso, mas informações de bastidores afirmam que um teste de DNA confirmou se tratar de Sinwar. Até o momento ainda não há confirmação oficial da informação.
O Canal 12, de notícias israelenses, confirma que o líder do grupo foi morto no ataque.
As mortes ocorreram no momento em que tropas israelenses abriram fogo contra um grupo de combatentes no andar térreo de um prédio em Gaza, onde um confronto começou na quarta-feira. Assim que os combatentes entraram no prédio identificaram que um deles se parecia muito com Sinwar.
Era esperado que o chefe terrorista do Hamas estivesse cercado pelos reféns restantes como um escudo humano, o que supostamente impediria as IDFs de atacá-lo.
No entanto, as FDI reiteraram em seu comunicado que não havia sinais de reféns no local do ataque.
Os três corpos foram encaminhados a exames de DNA para que a identidade seja confirmada. Além disso, os terroristas também serão submetidos à identificação dentária e de impressões digitais.
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Yahya Sinwar, era o principal líder do Hamas na Faixa de Gaza.
Ele nasceu em 1962, no campo de refugiados em Khan Younies.
Sua liderança era caracterizada pela postura linha-dura contra Israel e oposição ao compartilhamento de poder com a Autoridade Palestina.
Contudo, em 2018, surpreendeu ao anunciar na Al Jazeera que o Hamas buscaria uma "resistência pacífica e popular".
Reeleito em 2021, Sinwar sobreviveu a um ataque aéreo israelense em maio do mesmo ano e desafiou publicamente as autoridades israelenses em uma coletiva de imprensa. Em dezembro de 2020, testou positivo para COVID-19, mas continuou cumprindo suas funções.
Após o assassinato de Ismail Hanieh, chefe gabinete político morto em julho, em Teerã, tornou-se o líder mais importante do Hamas.
Detido pela primeira vez em 1982 por “atividades islâmicas”, ou seja, subversivas, a segunda passagem pela prisão ocorreu em 1985, quando conheceu o líder do Hamas, Ahmed Yassin e foi convidado a assumir o serviço de segurança interno do grupo. A milícia perseguia pessoas acusadas de colaborarem com Israel e de realizarem “atividades imorais”, como proprietários de lojas de material pornográfico.
Em 1989, foi condenado à prisão perpétua por planejar o sequestro e assassinato de quatro soldados israelenses e palestinos suspeitos de colaboração.
Durante seu período de encarceramento, Sin War tornou-se fluente em hebraico e, após passar por uma intervenção cirúrgica para extirpar uma neoplasia cerebral, recebeu uma oferta para cooperar com as autoridades israelenses. Imediatamente, declinou.
Em 2011, Sin War conquistou sua liberdade e retornou a Gaza como uma figura proeminente do Hamas. A ocasião ficou marcada na história da guerra entre Israel e a Palestina como o mais notório intercâmbio de reféns por detentos na história israelense. Mil reféns palestinos foram libertados em troca do soldado Gilad Shalit.
Seis anos mais tarde, em fevereiro de 2017, foi secretamente eleito o líder do Hamas. Na ocasião, ele já havia sido inserido em uma relação de classificados como terroristas pelos Estados Unidos.
Sinwar foi designado para liderar o conselho político do Hamas na Faixa de Gaza, assumindo o posto anteriormente ocupado por Ismail Haniyeh, que residia no Catar.
Ficou conhecido por suas posições intransigentes que incluíam ordens de eliminação de opositores mesmo durante sua prisão.
Um ano depois, um episódio marcou a relação entre o Hamas e Israel. Sinwar enviou uma mensagem a Benjamin Netanyahu afirmando que o Hamas estava cansado da guerra.
O colunista do jornal Al-Ayyam afirmou à Bloomberg:
“O Hamas e Sinwar enganaram Israel, e fizeram parecer que a guerra não era uma opção para o Hamas. Foi uma campanha sofisticada de desinformação, fazendo com que Israel acreditasse que estavam falando sobre paz, sobre trabalhadores e sobre uma vida econômica para os moradores de Gaza.”
Ele esteve entre as principais lideranças que articularam o atentado de 7 de outubro, em Israel.
A operação militar israelense em Gaza foi desencadeada após um bombardeio israelense que resultou na morte de 15 pessoas nas proximidades de uma escola, segundo o ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
O dirigente da unidade de emergência local do ministério da Saúde de Gaza confirmou o número de baixas do ataque e informou que dezenas de pessoas foram feridas.
Israel e o Hamas têm realizado incisivos ataques na região, permeado por investidas aéreas em diversas localidades do território. Posteriormente ao ataque, as autoridades israelenses alegaram que o alvo era um centro de comando gerido conjuntamente pelo Hamas e pela Jihad Islâmica, localizado no interior da instituição de ensino.
O assassinato de Sinwar representa uma vitória significativa para Israel na guerra contra grupos terroristas palestinos.
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