História
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Floriano Peixoto: O Marechal de ferro que consagrou a República

Herói de guerra e político habilidoso, o militar teve um papel fundamental para o sucesso da proclamação da República.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
20/8/2024 19:34
Beduka

Com um jeito esperto e enignático, o Marechal garantiu seu lugar nos livros de história por meio de articulações políticas e derramamento de sangue.

Floriano Peixoto era um herói da guerra do Paraguai com fortes tendências positivistas e ligações com o Partido Liberal. 

O papel do marechal nas articulações que levaram à proclamação da república é motivo de controversia na historiografia, porém sua atuação foi fundamental para o sucesso do movimento.

Floriano era considerado um dos militares com maior prestígio no país e conseguia circular muito bem entre os meios positivistas e a corte imperial.

No dia em que a República foi proclamada, o marechal estava responsável por garantir a segurança do Primeiro Ministro, o Visconte de Ouro Preto.

Quando os republicanos se aproximaram do coração da capital, Ouro Preto deu a ordem para que Floriano instruísse as tropas a abrir fogo contra os revoltosos, mas o militar se recusou.

Quando o político argumentou que o marechal já havia lutado contra forças maiores no Paraguai, foi respondido com uma recusa:

Lá éramos inimigos, aqui somos todos brasileiros.”

Por conta da resposta de Peixoto, as forças republicanas não enfrentaram resistência e conseguiram derrubar a monarquia com facilidade.

Depois da proclamação, Floriano foi escolhido como vice-presidente do governo de Deodoro da Fonseca.

Registros históricos afirmam que o marechal se reuniu e conspirou com opositores ao governo de Fonseca, conseguindo assumir o poder logo após a queda do presidente.

Floriano reabriu o Congresso Nacional, apesar de ser chamado de ditador por membros da oposição.

A marinha, no entanto, se opôs ao presidente, argumentando que seu mandato deveria ser encerrado de acordo com a lei da época. O marechal reprimiu violentamente os rebeldes e conseguiu se manter na presidência.

No ano seguinte, a região sul do Brasil viveu uma intensa uerra civil entre as forças do governador Julho de Catilho, camados de pica-paus, e os homens da oposição liderada por Gaspar Silveira Martins, chamados de marmagatos.

O governo federal conseguiu derrotar os marmagatos e pôs fim à revolução federalista, também conhecida como “revolda da degola” por conta do método de execução usado por ambos os lados.

No âmbito da economia, Floriano tomou medidas populares, que favoreceram a crescente classe média urbana. Isso levou a um forte apoio popular, algo que foi chamado posteriormente de florianismo.

Após o fim de seu mandato, o Congresso elegeu o primeiro presidente civil do Brasil, Prudnte de Moraes. Floriano morreu um ano depois, vítima de cirrose hepática. 

O papel de Peixoto na estabilização do país lhe concedeu os títulos de Consolidador da República e Marechal de Ferro.

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