Mesmo com tamanha recusa por parte dos brasileiros, a mídia, as universidades e grupos políticos, entre outras entidades, seguem pressionando pelo avanço da liberação da pauta.
Toda a oposição dos brasileiros ao tema não é capaz de impedir a sua volta periodicamente em manchetes, simpósios, congressos e manifestações. Os jornais continuam tratando do aborto como um tema de “saúde pública”.
A aprovação do aborto no Brasil depende da estratégia da guerra de trincheiras
A estratégia de trincheiras é uma tática ou abordagem utilizada em diversas áreas, incluindo a política, a advocacia e o ativismo social. Ela envolve conquistar os objetivos aos poucos, em pequenas etapas, até concluir todo o plano.
O avanço gradual e contido, pode fazer com que as pessoas nem percebam o que está acontecendo, ou até aceitar o que depois significará uma derrota.
Aos poucos, vai-se conquistando a aceitação até que seja quase impossível reverter os passos já dados.
No tema do aborto, essa estratégia está sendo feita em 3 etapas:
- veícular o aborto como remédio, para casos de estupro, para salvar a vida da gestante, para evitar que o bebê nasça com problemas genéticos;
- associar o aborto à liberdade da mulher, para que ela possa, até determinado mês da gravidez, optar por levar adiante ou não a gestação;
- propagar que o aborto é um direito da mulher, portanto, não pode haver restrições à prática.
A estratégia começa com o aborto sendo tratado como uma solução para o problema de saúde das mulheres. A etapa seguinte é tratar do aborto como uma questão de liberdade de escolha para terminar propondo que seja um direito que não pode ser tirado.
Caso a estratégia já começasse propondo o aborto como direito, a proposta poderia despertar uma reação negativa maior da população.
Quando o assunto é aborto, a progressão parece ser irrestrita. Nos Estados Unidos, por exemplo, desde 2003 tramita projetos no senado americano em favor a aprovação do aborto por nascimento parcial.
A técnica do aborto por nascimento parcial é aplicada apenas nos últimos meses de gravidez. A mulher tem o parto induzido, a criança é colocada numa posição que possa ser puxada pelas pernas e, antes de ser completamente parida, uma agulha é introduzida na cabeça do bebê para matá-lo e aspirar o conteúdo cerebral.