O Senado formou uma comissão especial com oito parlamentares encarregados de negociar com o Congresso dos Estados Unidos alternativas à tarifa de 50% que o governo Trump pretende impor a produtos brasileiros.
A medida, que afetaria diretamente setores estratégicos da economia nacional, como o agronegócio, motivou a criação de uma missão oficial a Washington, prevista para ocorrer ainda em julho.
Mesmo do exterior, o deputado Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos, criticou duramente a iniciativa.
Em suas redes sociais, afirmou que a comitiva é "fadada ao fracasso" e alegou que não há possibilidade de negociação sem uma "anistia ampla, geral e irrestrita" aos aliados de seu pai.
Ele também afirmou que os senadores não representam Jair Bolsonaro e classificou a missão como "vazia de legitimidade".
Exilado em solo americano, Eduardo Bolsonaro se posicionou contra a viagem de senadores dos para discutir as tarifas de 50% impostas por Donald Trump ao Brasil.
Segundo ele, a comitiva “não fala em nome do presidente Jair Bolsonaro” e representa um “desrespeito” ao ex-presidente americano.
O presidente da comissão, Nelsinho Trad (PSD-MS), afirmou em sua conta no X que o objetivo é destravar os canais de diálogo.
“Precisamos ajudar a destravar os canais de diálogo — antes que decisões avancem e afetem empregos, investimentos e contratos no Brasil”.
A crítica foi publicada nesta terça-feira (22) na rede social X, após sugestão do comentarista Paulo Figueiredo, aliado da família Bolsonaro.
Segundo Eduardo, Trump já deixou claro que a reaproximação com o Brasil depende de mudanças internas. Entre elas, o restabelecimento das liberdades fundamentais como liberdade de expressão e o fim das perseguições políticas.
“Buscar interlocução sem que o país tenha feito sequer o gesto mínimo de retomar suas liberdades fundamentais [...] é vazio de legitimidade”, escreveu Eduardo.
Ele também afirmou que o constrangimento é agravado pela presença de senadores ligados ao presidente Lula na comitiva. Para Eduardo, o petista “sistematicamente adota posturas hostis aos EUA”.
Eduardo afirmou não ter qualquer vínculo com a missão e a classificou como “fadada ao fracasso”.
Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou em suas redes sociais que o objetivo da comitiva em Washington é suprapartidário e prioriza o diálogo.
“A missão tem um caráter suprapartidário e estratégico com o objetivo de promover o diálogo institucional entre o Congresso brasileiro e o Congresso americano”.
Para Eduardo, sem anistia ampla, geral e irrestrita aos acusados do 8 de Janeiro, não há espaço para negociação com os EUA.
A missão ao Congresso americano acontece às vésperas da entrada em vigor das tarifas de Trump, prevista para 1º de agosto.
A missão foi marcada para ocorrer às vésperas da entrada em vigor das tarifas propostas pelo ex-presidente Donald Trump, previstas para 1º de agosto, insere-se em um contexto de intensas negociações econômicas e políticas entre Brasil e Estados Unidos.
Essas tarifas, anunciadas como parte de uma política protecionista de Trump, visam impor taxas significativas sobre importações de diversos países, incluindo o Brasil, com potencial impacto sobre setores como agricultura, aço e outros produtos de exportação brasileiros.
A comitiva brasileira, liderada por figuras como Rogério Carvalho (PT-SE), busca promover um diálogo suprapartidário e estratégico com parlamentares americanos para fortalecer laços institucionais e mitigar os possíveis efeitos negativos dessas medidas no comércio bilateral.
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