Esta semana, o ministro Alexandre de Moraes decidiu que o ex-presidente não teria o passaporte de volta para viajar para os EUA.
Segundo Moraes, Bolsonaro poderia aproveitar a oportunidade para fugir do país em meio a investigações:
“O cenário que fundamentou a imposição de proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado JAIR MESSIAS BOLSONARO, para se furtar à aplicação da lei penal”
Além disso, o ministro também disse que a defesa de Bolsonaro não teria comprovado o convite do presidente americano para a cerimônia:
"Não foi juntado aos autos nenhum documento probatório que demonstrasse a existência de convite realizado pelo presidente eleito dos EUA ao requerente Jair Messias Bolsonaro, conforme alegado pela defesa"
Os advogados do ex-presidente mostraram um e-mail com o convite, mas Moraes considerou o documento muito impessoal.
Bolsonaro confirmou que será representado por sua esposa, Michelle, e disse que ela vai receber tratamento especial:
“A minha esposa irá para lá, estava convidada juntamente comigo, ela vai fazer a sua parte. Tenho conversado com alguns próximos do presidente Trump, ela vai ter um tratamento bastante especial lá pela consideração que o presidente Trump tem para comigo”.
O passaporte de Bolsonaro foi tomado por decisão do ministro em fevereiro do ano passado. Moraes alegou que havia risco de fuga por causa da Operação Tempus Veritatis, uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe.