
Durante anos, Charlie Sheen viveu como se nada pudesse atingi-lo. Estava no topo, quatro indicações ao Emmy, 15 milhões de espectadores por episódio e uma fortuna que o tornava o ator mais bem pago da televisão.
Mas bastou uma sequência de excessos para desmontar tudo: álcool, cocaína, crack, escândalos, colapsos e um diagnóstico de HIV que o obrigou a encarar o próprio abismo.
O documentário Aka Charlie Sheen revisita essa trajetória de extremos, do brilho de Hollywood às madrugadas em ruína, da exposição pública à busca por sobriedade.
Aos 60 anos, Sheen tenta reconstruir uma vida longe dos vícios, reaproximar-se da família e, pela primeira vez, contar o que aconteceu quando a fama se transformou em autodestruição.
Em 12 de dezembro de 2017, Sheen resolveu permanecer sóbrio. Depois de décadas de vício e manchetes, o ator quatro vezes indicado ao Emmy e, por anos, o mais bem pago da televisão decidiu encerrar o ciclo de autodestruição que quase o matou.
Hoje, aos 60 anos, leva uma vida discreta na Califórnia, ao lado dos cinco filhos e três netos.
O livro de memórias “The Book of Sheen” e o documentário “Aka Charlie Sheen” marcam seu retorno ao público. Ele os descreve como um “passe de bastidores com acesso total à verdade”.
Nascido Carlos Irwin Estévez, filho do ator Martin Sheen (Apocalypse Now, The West Wing), Charlie cresceu cercado por câmeras. Aos 8 anos, almoçava frequentemente com atores famosos no set do pai; aos 21, estrelou os filmes Platoon e Wall Street.
Logo veio o estrelato e, com ele, as tentações. As festas, o álcool e a cocaína tornaram-se rotina.
“Eu achava que podia lidar com tudo. Não podia”.
Nos anos 2000, atingiu o auge com Dois homens e meio, série que alcançou 15 milhões de espectadores por episódio. No entanto, o sucesso virou colapso.
Discussões públicas com o criador Chuck Lorre e o comportamento errático o levaram à demissão em 2011.
“Fiquei sobrecarregado e não busquei a ajuda que precisava”.
O vício transformou o astro em notícia permanente. Relatos de festas intermináveis, consumo de crack e álcool e episódios violentos preencheram tabloides.
“Durante muito tempo, a autodestruição parecia meu único talento. Eu era o show que não podia parar”, diz.
Em 2015, ele revelou publicamente ser portador do HIV, após anos de chantagens e especulações.
“Contar a verdade tirou as balas de muitas armas que ainda estavam apontadas para mim”, afirma.
O diretor Andrew Renzi, responsável pelo documentário de Sheen, passou um ano ao lado do ator antes de filmar. Entrevistou ex-esposas, como Denise Richards e Brooke Mueller, o colega Jon Cryer, o irmão Ramon Estevez, e o amigo Sean Penn.
O pai, Martin Sheen, e o irmão Emilio Estevez optaram por não participar, mas continuam próximos.
De acordo com Emilio, a parte mais comovente da jornada é ver o irmão recuperar o senso de humor, algo que a mãe deles sempre acreditou ser sinal de esperança. Durante os piores anos, ela repetia um mantra: “onde há vida, há esperança”.
“Charlie chegou à sua verdade.; E isso é uma grande vitória para ele.”
Sheen tenta viver longe dos holofotes. Prefere escrever, cozinhar e cuidar da família. A decisão de parar de beber veio após um pedido dos filhos. “pare de beber por nós”.
“E eu parei”, conta.
Sobre voltar a atuar, diz estar “fora de prática”, mas aberto.
“Fazer uma sitcom seria fácil. Mas algo realmente dramático exigiria um aquecimento.”
Escrever suas memórias, diz ele, foi o trabalho mais difícil da vida.
“Não tenho mais nada a esconder.”
Entre memórias de festas e perdas, Sheen fala sobre culpa, arrependimento e gratidão.
“O que importa não é o que eu fiz, mas o que ainda posso fazer”, resume.
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