Carlo Acutis será canonizado em 27 de abril de 2025. A cerimônia será às 10h30min da manhã pelo horário local (6h30 da manhã pelo horário de Brasília) e fará parte das comemorações do ano jubilar, comemorado pela Igreja Católica a cada 25 anos.
A notícia foi divulgada pelo Papa Francisco no dia 20 de novembro, durante a sua audiência semanal na Praça São Pedro, na cidade do Vaticano.
Carlo Acutis nasceu na Inglaterra em 1991, mas vivia com a família em Assis. A cidade italiana é a mesma em que viveu Francisco de Assis, santo católico conhecido por sua assistência aos necessitados.
Ele morreu em 12 de outubro de 2006, dia de Nossa Senhora Aparecida, vítima de uma leucemia fulminante. Era católico fervoroso e buscava a simplicidade de São Francisco de Assis.
Sua família conta que o jovem gostava de Tecnologia da Informação e que, diante do diagnóstico, afirmou não temer a morte.
O primeiro santo a ter usado a internet para evangelizar é admirado pela juventude católica pelo seu testemunho e suas falas sobre “temer o pecado”. Ele também se tornou intercessor na cura de doenças.
O primeiro milagre no Brasil
Para dar a alguém o título de Santo, a Igreja Católica verifica sua trajetória e se aquela pessoa levou uma vida cristã.
Depois, analisa milagres atribuídos à intercessão do postulante. Médicos e cientistas do Vaticano verificam minuciosamente se a ciência explica aquele acontecimento.
No caso de Carlo, duas curas inexplicáveis são consideradas um pedido dele a Deus:
- a primeira é de um menino brasileiro que tinha uma doença no pâncreas e pediu ajuda para parar de vomitar. O problema lhe acometia várias vezes ao dia devido à sua condição. Tempos depois, a enfermidade regrediu;
- a segunda aconteceu na Costa Rica. Uma jovem caiu de bicicleta e teve traumatismo craniano. A mãe da menina rezou pela intercessão de Carlo, e a filha se curou.
A canonização de Carlo Acutis representa a concretização de um desejo expresso pelo Papa São João Paulo II, um dos mais influentes líderes católicos para a geração do jovem.
Em sua Carta Apostólica "Dilecti Amici" de 1985, o pontífice enfatiza a necessidade de santos que estejam integrados à cultura contemporânea, afirmando:
"Precisamos de santos que frequentem o cinema, santos que tenham uma espiritualidade inserida em nosso tempo, santos que bebam Coca-Cola, santos que comam cachorro-quente e usem jeans".











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