Lula deveria se candidatar à reeleição em 2026?
Segundo a pesquisa, quando questionados se o presidente deveria se candidatar à reeleição em 2026, a maioria dos entrevistados respondeu negativamente:
- 55% não deveria;
- 43% deveria;
- 2% não souberam ou não responderam.
A pesquisa também abordou a questão sob outro ângulo: independentemente do voto, se Lula mereceria continuar por mais quatro anos como presidente. Aqui, os números se mantêm semelhantes:
- 56% afirmam que Lula não merece continuar mais quatro anos;
- 41% dizem que Lula merece seguir no cargo;
- 3% não souberam ou não responderam.
Apesar da rejeição, Lula lidera nas intenções de voto para 2026. Por quê?
Em perguntas diretas, a pesquisa apontou que o presidente é aprovado por 46% dos entrevistados e desaprovado por 49%.
Porém, apesar da rejeição, Lula aparece à frente nas intenções de voto nos cenários simulados. A pesquisa aponta os seguintes números para um segundo turno:
- Lula (PT) entre 44% e 46%;
- Flávio Bolsonaro (PL) 36%;
- Tarcísio de Freitas (Republicanos) 35%;
- Ratinho Júnior (PSD) 35%;
- Ronaldo Caiado (União Brasil) 33%;
- Romeu Zema (Novo) 33%.
Segundo as pesquisas da Quaest, boa parte da base lulista é formada por eleitores de menor renda, parte do Nordeste e segmentos que associam os governos do PT a políticas sociais e melhoria de condições de vida no passado.
Essa base, que representa cerca de 30% do eleitorado, um contingente maior do que qualquer outro grupo político organizado hoje, explica por que Lula permanece à frente nos cenários eleitorais mesmo em um ambiente de desaprovação elevada do governo.
Já no campo da oposição, seus adversários disputam votos entre si, com um eleitorado mais fragmentado dividido entre bolsonaristas, conservadores não alinhados e eleitores independentes.
Conforme os dados apontam até o momento, enquanto não houver um candidato capaz de unificar os eleitores na oposição do atual governo, a base lulista tende a ser suficiente para mantê-lo à frente nos cenários traçados.