Os advogados de Caetano Veloso pediram à Justiça de São Paulo para integrar a discussão sobre a partilha da herança de Olavo de Carvalho, que faleceu em 2022.
O objetivo é assegurar o recebimento de uma indenização que, em agosto, foi atualizada para R$4.035 milhões.
Tudo começou em 2017, quando o filosofo acusou Caetano de pedofilia em postagens nas redes.
Na ocasião, Olavo fazia referência ao início do relacionamento do cantor com Paula Lavigne em 1982.
Em uma entrevista para o jornal Extra, ela conta que perdeu a virgindade com o cantor aos 13 anos, na época ele tinha 40:
"Quando eu comecei a namorar com o Caetano, eu era atriz também, e todo o assédio da imprensa em cima de mim era porque eu namorava com ele. Aí eu resolvi ser sincera numa entrevista, contar histórias que ninguém mais conta, aí eu contei que eu tinha perdido a virgindade com ele aos 13 anos. Para mim, era uma história de amor".
Caetano acionou a Justiça do Rio de Janeiro, que determinou a remoção imediata das publicações.
O filósofo se recusou a cumprir a ordem e a dívida cresceu rapidamente. Em agosto de 2020, ele pagou R$65.966,78 por danos morais, mas manteve as postagens.
Olavo foi condenado a pagar multa diária de R$10 mil enquanto os conteúdos permanecessem no ar.
A multa continuou aumentando. Com sua morte, em 2022, os bens deixados passaram a responder pelo débito.
Em 2024, a Justiça do Rio autorizou a penhora da receita obtida com a venda de livros de Olavo pela Editora Record, mas o resultado foi um pouco mais de R$8 mil.
O caso agora tramita em São Paulo, na 3ª Vara de Família e Sucessões do Foro Central Cível, onde a defesa de Caetano busca que a quantia milionária seja reconhecida como dívida prioritária do espólio.
Se a indenização for reconhecida como dívida do espólio, entra na ordem de pagamento do inventário.
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