Com páginas amareladas e anotações feitas à mão, uma Bíblia que pertenceu a Elvis Presley voltou a público no Reino Unido.
O exemplar, emprestado pelo Museu do Livro de Londres, está exposto temporariamente na Igreja Evangélica Needham Market, em Suffolk, sob os cuidados do pastor Gary Stevens.
Entre as páginas do livro, no Salmo 11, Elvis registrou: “No Senhor coloquei a minha confiança e Ele me guiará.” Em outro trecho: “Senhor, envia-me luz para me guiar.” E ainda: “Livra-me, pois não sou nada sem Ti.”
Segundo o pastor, a Bíblia foi um presente de um tio ou tia, dado no Natal de em 1957. A autenticidade foi confirmada pelos familiares.
Bíblia que pertenceu a Elvis Presley. Imagem: BBC.
“Elvis foi criado em um lar cristão muito devoto no Mississippi”, disse Stevens.
A mostra também inclui uma raridade histórica: uma Bíblia centenária traduzida por William Tyndale, mártir protestante do século XVI.
Billy Stanley, meio-irmão de Elvis, conta que a oração era hábito antes de cada show.
“Quando o víamos abaixar a cabeça, sabíamos”, relembrou. “Ele pedia a Deus que o ajudasse a fazer um bom espetáculo. Era assim que acalmava os nervos.”
Stanley conta que para Elvis, um concerto era como um primeiro encontro: imprevisível, mas sempre com a esperança de que fosse especial. E embora o mundo o associasse ao brilho e ao glamour, ele garante que a força do cantor vinha de outro lugar:
“Ele confiava em Deus para tudo. Era grato todos os dias e buscava a orientação divina por meio da oração e da leitura da Bíblia.”
Em casa, lia as Escrituras com os irmãos, às vezes interpretando personagens. “Era como ter Elvis Presley como professor da escola dominical”, disse Stanley.
À noite, conduzia orações antes de dormir e repetia uma de suas máximas: “Com Deus, tudo é possível.”
Stanley relata que ouvia Elvis cantando pela casa, geralmente músicas gospel:
"Era assim que ele relaxava depois de um show. Ele cantava músicas gospel até o sol raiar."
Além de cantar em casa, Elvis Presley gravou três álbuns originalmente gospel, todos bem recebidos pelo público e pela crítica.
Dois deles renderam ao cantor o prêmio Grammy na categoria de Melhor Performance Sagrada. São eles:
No álbum ao vivo Recorded Live on Stage in Memphis (1974), Elvis voltou a ser reconhecido com o Grammy por sua interpretação de How Great Thou Art, que integrou um repertório com músicas como Why Me, Lord e Help Me.
A fé, no entanto, não o blindou das lutas internas. Presley enfrentava vícios e inseguranças.
Os últimos anos de Elvis foram marcados por graves problemas de saúde, como hipertensão, doenças no fígado, diabetes e um cólon dilatado, condições agravadas pelo uso excessivo de medicamentos prescritos.
Em 16 de agosto de 1977, sua noiva, Ginger Alden, o encontrou inconsciente no banheiro da mansão em Graceland. Levado ao Baptist Memorial Hospital, ele não resistiu.
A causa oficial da morte foi arritmia cardíaca, associada a problemas cardíacos e ao uso de remédios.
Segundo Billy Stanley, Elvis Presley travava uma luta contra o vício e a fama de playboy. Sempre que enfrentava dúvidas ou momentos difíceis, recorria à oração.
Apesar disso, evitava ir à igreja, segundo seu meio-irmão, Elvis afirmava que:
"Tenho medo de que, se eu entrar, as pessoas prestem mais atenção em mim do que no pregador."
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