A oração antes de cada show
Billy Stanley, meio-irmão de Elvis, conta que a oração era hábito antes de cada show.
“Quando o víamos abaixar a cabeça, sabíamos”, relembrou. “Ele pedia a Deus que o ajudasse a fazer um bom espetáculo. Era assim que acalmava os nervos.”
Stanley conta que para Elvis, um concerto era como um primeiro encontro: imprevisível, mas sempre com a esperança de que fosse especial. E embora o mundo o associasse ao brilho e ao glamour, ele garante que a força do cantor vinha de outro lugar:
“Ele confiava em Deus para tudo. Era grato todos os dias e buscava a orientação divina por meio da oração e da leitura da Bíblia.”
Em casa, lia as Escrituras com os irmãos, às vezes interpretando personagens. “Era como ter Elvis Presley como professor da escola dominical”, disse Stanley.
À noite, conduzia orações antes de dormir e repetia uma de suas máximas: “Com Deus, tudo é possível.”
Stanley relata que ouvia Elvis cantando pela casa, geralmente músicas gospel:
"Era assim que ele relaxava depois de um show. Ele cantava músicas gospel até o sol raiar."
Além de cantar em casa, Elvis Presley gravou três álbuns originalmente gospel, todos bem recebidos pelo público e pela crítica.
Dois deles renderam ao cantor o prêmio Grammy na categoria de Melhor Performance Sagrada. São eles:
- How Great Thou Art (1967) — vencedor do Grammy e um dos trabalhos mais conhecidos de Elvis no gênero gospel.
- His Hand in Mine (1960) — seu primeiro álbum dedicado inteiramente a músicas gospel.
- He Touched Me (1972) — também premiado com um Grammy, reforçando sua ligação com o gospel.
No álbum ao vivo Recorded Live on Stage in Memphis (1974), Elvis voltou a ser reconhecido com o Grammy por sua interpretação de How Great Thou Art, que integrou um repertório com músicas como Why Me, Lord e Help Me.
O fim da vida de Elvis
A fé, no entanto, não o blindou das lutas internas. Presley enfrentava vícios e inseguranças.
Os últimos anos de Elvis foram marcados por graves problemas de saúde, como hipertensão, doenças no fígado, diabetes e um cólon dilatado, condições agravadas pelo uso excessivo de medicamentos prescritos.
Em 16 de agosto de 1977, sua noiva, Ginger Alden, o encontrou inconsciente no banheiro da mansão em Graceland. Levado ao Baptist Memorial Hospital, ele não resistiu.
A causa oficial da morte foi arritmia cardíaca, associada a problemas cardíacos e ao uso de remédios.
Segundo Billy Stanley, Elvis Presley travava uma luta contra o vício e a fama de playboy. Sempre que enfrentava dúvidas ou momentos difíceis, recorria à oração.
Apesar disso, evitava ir à igreja, segundo seu meio-irmão, Elvis afirmava que:
"Tenho medo de que, se eu entrar, as pessoas prestem mais atenção em mim do que no pregador."
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