Depois de oito dias dormindo na Câmara e se alimentando apenas de líquidos, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) encerrou seu protesto na última quinta-feira (17).
A decisão de suspender o jejum veio após um acordo acordo com Hugo Motta (Republicanos-PB).
O presidente da Câmara concordou em pausar o processo que pedia a cassação do mandato do psolista pelos próximos 60 dias.
O deputado afirmou em uma entrevista para a Folha de São Paulo que vai aproveitar o período para articular sua defesa:
“A gente ainda ainda está finalizando um recurso à CCJ. Daí vou procurar dialogar com aqueles deputados que queiram ouvir os argumentos que eu tenho a apresentar. A gente vai continuar a mobilização com os movimentos, com a sociedade civil organizada.”
O parlamentar e seus apoiadores deverão levar um recurso contra a cassação para a Comissão de Constituição e Justiça nesta terça-feira (22).
Segundo Glauber, as negociações com Motta foram feitas por sua esposa, Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que contou com a ajuda de Lindberg Farias (PT):
“Sâmia e Lindbergh iniciaram esse diálogo. E apareceu então a proposta de que eu pudesse suspender ou encerrar a greve de fome para, a partir daí, serem garantidos os instrumentos de defesa. O que eu posso dizer é que ele cumpriu aquilo que foi pactuado com Sâmia e Lindbergh.”
O resultado da negociação foi inesperado, já que Glauber Braga é um crítico do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), chegando a chamá-lo de “bandido” em diversas ocasiões.
O próprio deputado afirma que Motta tem proximidade com Lira e foi indicado pelo ex-presidente para o cargo.















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