O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou indignação com a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em declarações à imprensa a caminho de Nova York, Trump classificou o veredito como “chocante” e traçou paralelos com os processos judiciais que enfrentou nos EUA.
“Bolsonaro foi um líder excepcional para o Brasil. É ultrajante o que estão fazendo com ele, algo muito semelhante às tentativas de me perseguir judicialmente, que não tiveram sucesso”.
A Primeira Turma do STF, em decisão polêmica, condenou Bolsonaro e sete aliados por 4 votos a 1, acusando-os de crimes como tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa.
Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram pela condenação; Luiz Fux foi o único a divergir. Segundo a acusação, Bolsonaro teria encabeçado um suposto plano para desestabilizar as instituições democráticas após as eleições de 2022. Para muitos brasileiros, porém, a sentença é percebida como uma ofensiva contra a liberdade e a vontade popular, alimentando a narrativa de um Judiciário que ultrapassa seus limites constitucionais.
Trump, que já enfrentou processos nos EUA por contestar as eleições de 2020 e pelos eventos no Capitólio, vê no caso de Bolsonaro um reflexo de suas próprias batalhas.
“Conheci Bolsonaro como presidente. Ele lutou pelo seu povo, assim como eu luto pelo povo americano”, destacou. A declaração ressoa com milhões de brasileiros que enxergam no ex-presidente um símbolo de resistência contra agendas que ameaçam valores tradicionais e liberdades individuais.
A relação entre Trump e Bolsonaro foi consolidada durante seus mandatos. Em julho, Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticando o que chamou de “perseguição política” contra Bolsonaro e anunciando tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, além de uma investigação comercial contra o Brasil.
Na última terça-feira (9/9), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, intensificou o tom, sugerindo que os EUA poderiam adotar “medidas militares” em defesa da liberdade de expressão global, em uma clara referência ao caso brasileiro.
O Itamaraty respondeu, condenando qualquer ameaça à soberania nacional, mas a postura americana reflete a gravidade da situação.
A condenação de Bolsonaro é vista por seus apoiadores como uma tentativa de silenciar um líder que desafiou o establishment.
De um lado, vozes críticas ao julgamento denunciam o que chamam de politização da Justiça. Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, foi contundente em sua conta no X, afirmando que o STF, sob a influência de Alexandre de Moraes, violou os fundamentos da democracia:
“A pretexto de defender a democracia, os pilares da democracia foram quebrados para condenar um inocente que ousou não se curvar a um ditador chamado Alexandre de Moraes.”
Por outro lado, figuras alinhadas à decisão celebram o que consideram um marco na defesa do Estado de Direito. A deputada Maria do Rosário (PT) exaltou a atuação do STF, destacando seu papel na preservação do futuro democrático:
“O STF encara nosso passado, trabalha pelo nosso presente e garante o nosso futuro. Que prevaleça a Justiça e a Democracia!”
Outras vozes ecoam no debate. O advogado André Marsiglia questionou o caráter midiático do julgamento, apontando que os votos iniciais foram longos para gerar impacto na imprensa, enquanto os finais, mais curtos, buscariam encerrar rapidamente o processo.
A deputada Sâmia Bomfim (PSOL) usou ironia ao republicar um post de Bolsonaro com a frase “Grande dia!” na data do julgamento. Já o deputado Gustavo Gayer foi além, acusando a ministra Cármen Lúcia de provocar Luiz Fux e usando termos como “suprema perseguição” e “querem matar Bolsonaro” para expressar sua indignação.
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