Especial de Natal 2025

Dia 15 de dezembro, garanta seu lugar

Cadastro gratuito
Guerra Oculta - Estreia exclusiva
Evento de lançamento começa em
00
D
00
H
00
M
00
S
December 2, 2025
Ative o lembrete
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

São Pier Giorgio Frassati e São Carlo Acutis: conheça os novos santos da Igreja Católica

Papa Leão XIV destacou fé e caridade como pontos comuns entre os jovens canonizados. Leia a homilia na íntegra.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
7/9/2025 12:25
Vatican News

Praça de São Pedro se tornou palco de um momento histórico. Na manhã deste domingo (7), o papa Leão XIV canonizou Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis, agora oficialmente reconhecidos como santos pela Igreja Católica.

A partir de hoje, passam a ser chamados de São Pier Giorgio e São Carlo Acutis.

Na homilia, o pontífice descreveu a trajetória de cada um. Sobre Pier Giorgio, lembrou sua atuação em grupos da Igreja, a participação em iniciativas sociais e o cuidado com os pobres.

“Ao vê-lo circular pelas ruas de Turim com carrinhos cheios de ajuda, os amigos o rebatizaram de ‘Empresa de Transportes Frassati’”, disse o papa.

A respeito de Carlo Acutis, destacou a vivência da fé na família, na escola e na paróquia. Recordou também sua forma de unir tecnologia e evangelização.

“Carlo cresceu integrando naturalmente em seus dias a oração, o desporto, o estudo e a caridade”, afirmou.

Depois, Leão XIV apontou o que aproximava os dois santos: a vida centrada na Eucaristia, a prática frequente da confissão e a dedicação à caridade.

“Carlo dizia: ‘Diante do sol, bronzeamos. Diante da Eucaristia, torna-se santo’”, citou o pontífice. Já Frassati costumava afirmar: “Em torno dos pobres e dos doentes, vejo uma luz que nós não temos”.

Por fim, o papa apresentou-os como exemplo para a juventude. “São um convite a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para cima e a fazer dela uma obra-prima.”

  • Gostaria de receber as principais notícias do dia diretamente em seu E-mail, todos os dias e de graça? Assine o Resumo BP, a newsletter de jornalismo da Brasil Paralelo. Clique aqui e aproveite.

Quem foi são Pier Giorgio Frassati

Pier Giorgio Frassati nasceu em Turim, em 1901, em uma família de destaque na Itália. O pai fundou o jornal La Stampa e foi senador, enquanto a mãe se dedicava à pintura e alcançou reconhecimento artístico.

Mesmo nesse ambiente, Pier Giorgio trilhou outro caminho: desde cedo, uniu a fé a uma vida voltada à oração e ao serviço dos pobres.

Pier Giorgio Frassati

Desde a infância, demonstrava atos de caridade, como quando deu seus próprios sapatos a uma criança necessitada. Na juventude, ingressou em grupos da Igreja, onde distribuía alimentos, roupas e visitava doentes nas periferias.

Escolheu cursar Engenharia de Minas para, segundo ele, “servir a Cristo entre os mineiros”. Também se envolveu na Juventude Católica e participou do Partido Popular Italiano, sendo preso por se opor ao fascismo.

Frassati tinha paixão pelo alpinismo, organizava trilhas com amigos que uniam lazer e evangelização e ingressou na Ordem Terceira Dominicana, adotando o nome Fra Girolamo.

Ganhou o apelido de “Empresa de Transporte Frassati” por carregar lenha e suprimentos para famílias pobres.

Morreu em 1925, aos 24 anos, vítima de poliomielite. Multidões de pobres acompanharam seu funeral. Reconhecido por João Paulo II como “o homem das oito bem-aventuranças”, teve dois milagres reconhecidos pela Igreja e foi canonizado em 2025.

Quem foi são Carlo Acutis

Carlo Acutis nasceu em Londres, em 1991, mas cresceu em Milão, em uma família que não praticava a fé católica. Incentivado por sua babá, começou a rezar ainda criança e recebeu a primeira comunhão aos sete anos.

Apaixonado por computação, usou a tecnologia para evangelizar. Suas pesquisas deram origem ao site Miracoli Eucaristici, reunindo registros históricos de milagres ligados à Eucaristia. Integrava oração, estudos, esportes e vida comunitária em sua rotina.

Carlo Acutis. Imagem: Vatican News

Carlo ficou conhecido por sua devoção à missa diária e à adoração eucarística. Costumava dizer: “Diante do sol, bronzeamos. Diante da Eucaristia, tornamo-nos santos”.

Morreu em 12 de outubro de 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia. Em 2010, um milagre atribuído à sua intercessão em Campo Grande (MS) levou à sua beatificação. Um segundo milagre, ocorrido na Costa Rica em 2022, abriu o caminho para a canonização.

Em 2025, Carlo foi declarado santo pelo papa Leão XIV, tornando-se o primeiro millennial a ser reconhecido como tal pela Igreja Católica.

Leia a íntegra da homilia do papa Leão XIV.

“Queridos irmãos e irmãs,
na primeira leitura, ouvimos uma pergunta: «[Senhor,] quem conhecerá a tua vontade, se não lhe deres a sabedoria, e não enviares o teu santo espírito lá do céu?» (Sb 9,17). Ouvimos essa pergunta depois que dois jovens beatos, Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis, foram proclamados santos, e isso é providencial. Com efeito, no Livro da Sabedoria, essa pergunta é atribuída justamente a um jovem como eles: o rei Salomão. Ele, com a morte de Davi, seu pai, percebeu que tinha muitas coisas: poder, riqueza, saúde, juventude, beleza e realeza. Mas justamente essa grande abundância de meios fez surgir em seu coração uma outra pergunta: “O que devo fazer para que nada disso se perca?”. E compreendeu que a única maneira de encontrar uma resposta era pedir a Deus um dom ainda maior: a sua Sabedoria, para conhecer os seus projetos e aderir fielmente a eles. Na verdade, ele percebeu que só assim tudo encontraria o seu lugar no grande desígnio do Senhor. Sim, porque o maior risco da vida é desperdiçá-la fora do projeto de Deus.
Também Jesus, no Evangelho, fala-nos de um projeto ao qual devemos aderir totalmente. Ele diz: «Quem não tomar a sua cruz para me seguir não pode ser meu discípulo» (Lc 14, 27); e ainda: «Qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo» (v. 33). Assim, convida-nos a aderir sem hesitação à aventura que Ele nos propõe, com a inteligência e a força que vêm do seu Espírito e que podemos acolher na medida em que nos despojamos de nós mesmos, das coisas e ideias às quais estamos apegados, para nos colocarmos à escuta da sua palavra.
Muitos jovens, ao longo dos séculos, tiveram de enfrentar esta encruzilhada na vida. Pensemos em São Francisco de Assis: tal como Salomão, também ele era jovem e rico, sedento de glória e fama. Por isso partiu para a guerra, na esperança de ser nomeado “cavaleiro” e cobrir-se de honras. Mas Jesus apareceu-lhe ao longo do caminho e fez-lhe refletir sobre o que estava a fazer. Recuperando a lucidez, dirigiu a Deus uma pergunta simples: «Senhor, o que queres que eu faça?». [1] E a partir daí, voltando atrás, começou a escrever uma história diferente: a maravilhosa história de santidade que todos conhecemos, despojando-se de tudo para seguir o Senhor (cf. Lc 14, 33), vivendo na pobreza e preferindo o amor pelos irmãos, especialmente os mais fracos e os mais pequenos, ao ouro, à prata e aos tecidos preciosos do seu pai.
E quantos outros santos e santas poderíamos recordar! Às vezes, nós os retratamos como grandes personagens, esquecendo que tudo começou para eles quando, ainda jovens, responderam “sim” a Deus e se entregaram totalmente a Ele, sem guardar nada para si mesmos. Santo Agostinho conta, a este respeito, que, no «nó tão complicado e emaranhado» da sua vida, uma voz, no seu íntimo, lhe dizia: «Eu quero a ti». [2] E assim Deus deu-lhe uma nova direção, um novo caminho, uma nova lógica, em que nada da sua existência se perdeu.
Neste contexto, hoje olhamos para São Pier Giorgio Frassati e São Carlo Acutis: um jovem do início do século XX e um adolescente dos nossos dias, ambos apaixonados por Jesus e prontos a dar tudo por Ele.
Pier Giorgio encontrou o Senhor através da escola e dos grupos eclesiais – a Ação Católica, as Conferências Vicentinas, a FUCI, a Ordem Terceira Dominicana – e testemunhou-O com a sua alegria de viver e de ser cristão na oração, na amizade, na caridade. A tal ponto que, ao vê-lo circular pelas ruas de Turim com carrinhos cheios de ajuda para os pobres, os amigos o rebatizaram de “Empresa de Transportes Frassati”! Ainda hoje, a vida de Pier Giorgio representa uma luz para a espiritualidade leiga. Para ele, a fé não era uma devoção privada: impulsionado pela força do Evangelho e pela pertença a associações eclesiais, comprometeu-se generosamente na sociedade, deu o seu contributo à vida política, dedicou-se com ardor ao serviço dos pobres.
Carlo, por sua vez, encontrou Jesus na família, graças aos seus pais, Andrea e Antonia – presentes aqui hoje com os dois irmãos, Francesca e Michele –, depois também na escola, e sobretudo nos sacramentos, celebrados na comunidade paroquial. Assim, cresceu integrando naturalmente nas suas jornadas de criança e adolescente a oração, o desporto, o estudo e a caridade.
Ambos, Pier Giorgio e Carlo, cultivaram o amor a Deus e aos irmãos através de meios simples, ao alcance de todos: a Santa Missa diária, a oração, especialmente a Adoração Eucarística. Carlo dizia: «Diante do sol, bronzeamos. Diante da Eucaristia, torna-se santo!», e ainda: «A tristeza é o olhar voltado para si mesmo, a felicidade é o olhar voltado para Deus. A conversão nada mais é do que desviar o olhar de baixo para cima, basta um simples movimento dos olhos». Outra coisa essencial para eles era a Confissão frequente. Carlo escreveu: «A única coisa que devemos realmente temer é o pecado»; e admirava-se porque – são sempre palavras suas – «os homens se preocupam tanto com a beleza do próprio corpo e não se preocupam com a beleza da própria alma». Ambos, finalmente, tinham uma grande devoção pelos santos e pela Virgem Maria, e praticavam generosamente a caridade. Pier Giorgio dizia: «Em torno dos pobres e dos doentes, vejo uma luz que nós não temos». [3] Definia a caridade como «o fundamento da nossa religião» e, tal como Carlo, praticava-a sobretudo através de pequenos gestos concretos, muitas vezes ocultos, vivendo aquela que o Papa Francisco chamou de «a santidade “ao pé da porta”» (Exort. ap. Gaudete et exsultate, 7).
Quando a doença os atingiu e ceifou as suas jovens vidas, nem mesmo isso os impediu de amar, de se oferecerem a Deus, de bendizê-Lo e de orar por si próprios e por todos. Um dia, Pier Giorgio disse: «O dia da morte será o dia mais bonito da minha vida»; [4] e na última foto, que o retrata a escalar uma montanha do Val di Lanzo, com o rosto voltado para o objetivo, ele escreveu: «Para cima». [5] Além disso, ainda mais jovem, Carlo gostava de dizer que o Céu nos espera desde sempre, e que amar o amanhã é dar hoje o melhor de nós mesmos.
Queridos, os santos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis são um convite dirigido a todos nós – especialmente aos jovens – a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para cima e a fazer dela uma obra-prima. Eles encorajam-nos com as suas palavras: «Não eu, mas Deus», dizia Carlo. E Pier Giorgio: «Se tiveres Deus no centro de todas as tuas ações, então chegarás até ao fim». Esta é a fórmula simples, mas vencedora, da sua santidade. E é também o testemunho que somos chamados a seguir, para saborear a vida até ao fim e ir ao encontro do Senhor na festa do Céu”.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais