Um sniper mira em civis do alto de um telhado em Sarajevo, na Bósnia Herzegovina, durante a guerra civil na década de 1990.
O conflito, motivado por questões étnicas, colocou bósnios-muçulmanos, croatas e sérvios em lados diferentes, causando uma matança generalizada e diversos crimes de guerra.
O atirador passa sua mira por homens, mulheres, idosos e crianças até escolher um alvo e disparar.
Diferentemente dos demais combatentes, ele não está lutando por seu país e nem por suas crenças. Na verdade, ele nem se importa com o caos político na antiga Iugoslávia.
Ele está atirando apenas para se divertir e pagou cerca de 100 mil euros por isso. O caso parece roteiro de um filme de terror, mas a Procuradoria de Milão acredita que pode ser realidade.
O órgão abriu uma investigação sobre denúncias de que milionários italianos teriam viajado até a região dos Balcãs para se divertirem assassinando civis.
Segundo uma denúncia, os chamados “safáris humanos” partiam da cidade italiana de Trieste para Belgrado e de lá seguiam até as colinas que cercam Sarajevo.
A apuração está sendo conduzida pela promotoria antiterrorismo da Procuradoria de Milão, sob responsabilidade do promotor Alessandro Gobbis.
O caso se baseia em uma denúncia formal de 17 páginas entregue em julho pelo jornalista Ezio Gavazzeni, conhecido por seus trabalhos sobre terrorismo e máfia. Ele conta com o apoio dos advogados Nicola Brigida e Guido Salvini.
A acusação afirma que pessoas “muito ricas, sem qualquer motivação política ou religiosa, apenas por diversão”, pagavam valores elevados para ir a posições sérvias e poder atirar contra civis.
Em alguns relatos, havia até variação de preço de acordo com o tipo de vítima. A estimativa é de que os “turistas de guerra” chegavam a pagar 100 mil euros (R$614 mil), em valores atuais.








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