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História
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30 anos do pior massacre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial

Genocídio na Bósnia ainda é marcado por negação e busca por desaparecidos.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
11/7/2025 20:13
Euronews

Mais de 150.000 pessoas foram às ruas de Srebrenica, na Bósnia-Herzegovina, para relembrar os 30 anos do massacre que aconteceu na cidade durante a Guerra da Bósnia

As cerimônias foram marcadas por denúncias do fracasso da comunidade internacional em impedir o genocídio.

Durante o evento, os restos mortais de sete vítimas recentemente identificadas foram enterrados no Cemitério Memorial de Srebrenica-Potocari, juntando-se aos mais de 6.700 corpos já sepultados no local. 

A busca por desaparecidos continua. Cerca de 1.000 das 7.581 pessoas ainda desaparecidas da guerra podem ter sido mortas em Srebrenica

O massacre de Srebrenica

No dia 11 de julho de 1995, mais de 8.300 homens e meninos muçulmanos bósnios foram assassinados pelas tropas sérvias, lideradas pelo comandante Ratko Mladić. 

O episódio é considerado o maior massacre em território europeu desde a Segunda Guerra Mundial.

O massacre foi o ápice de uma campanha de "limpeza étnica" promovida pelos sérvios da Bósnia contra os bósnios muçulmanos

Após o fim da Iugoslávia comunista, a população sérvia no país pegou em armas para criar seu próprio Estado.

Em meio a combates entre milícias sérvias e muçulmanas, a ONU interveio e estabeleceu uma série de “zonas seguras” ao redor do país.

A cidade de Srebrenica, que abrigava cerca de 40 mil muçulmanos bósnios, havia sido incluída como uma dessas áreas em 1993.

O massacre de Srenibrica. Imagem: DW. 

Lá havia um contingente de aproximadamente 300 capacetes azuis holandeses destacados para proteger a população.

No entanto, em julho de 1995, as forças sérvias invadiram a cidade e as tropas da ONU não conseguiram fazer nada para impedir

Nos dias seguintes, os sérvios separaram os homens e meninos e os levaram para campos e florestas próximas da cidade, onde foram fuzilados

Os corpos foram enterrados em valas comuns, que mais tarde foram escavadas com tratores para espalhar os restos mortais e esconder as evidências do crime.

O fracasso internacional e a negação do genocídio

A comunidade internacional reconheceu seu fracasso em Srebrenica. O secretário-geral da ONU, António Guterres, em mensagem lida na cerimônia disse: 

"Admitimos a grave verdade. Falhamos há 30 anos". 

O ministro das Relações Exteriores dos Países Baixos, Caspar Veldkamp, também declarou: 

"Estamos envergonhados. Nós, a comunidade internacional, falhámos em protegê-los."

O massacre é reconhecido como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça e pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia, mas ainda existe negação.

Ratko Mladić e o líder político dos sérvios bósnios, Radovan Karadžić, foram condenados à prisão perpétua por crimes contra a humanidade.

Houve grande comoção popular contra as prisões nas regiões sérvias no país, onde eles ainda são vistos como heróis nacionais.

Em maio do ano passado, a Assembleia-Geral da ONU designou 11 de julho como o Dia Internacional de Reflexão do Genocídio em Srebrenica, em uma tentativa de combater a negação do episódio.

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