O atual presidente da Bolívia rompeu com Evo Morales e foi explulso do Movimento ao Socialismo MAS), partido do ex-presidente.
Luís Arce assumiu a presidência da Bolívia em 2020, apoiado pelo ex-presidente Evo Morales. Antes de se tornar a maior autoridade política do país andino, o economista já havia ocupado o cargo de professor universitário, membro do Banco Central e Ministro da Economia durante o governo de Morales entre 2006 e 2017, com uma breve atuação em 2019.
Na ocasião, ele ajudou a desenhar as reformas econômicas baseadas em incentivos ao mercado interno, políticas cambiais mais seguras e maior aproveitamento dos recursos naturais. Durante os mandatos de Morales, as políticas de Arce foram fundamentais para a conquista de importantes melhorias sociais e econômicas no país.
A oposição aponta que os bons números da economia sob o controle do então ministro foram gerados pelo boom das commodities, assim como foi com Lula e Chávez. Tais indicadores garantiram um importante posicionamento no partido Movimento ao Socialismo.
Após a movimentação popular organizada pela oposição contra supostas fraudes eleitorais no pleito de 2019, o presidente renunciou e deixou o país. A Bolívia passou a ser governada temporariamente por Jeanine Áñez até a convocação de novas eleições em 2020. Arce foi o nome indicado por Morales para concorrer por seu partido e ganhou a votação, iniciando sua carreira como presidente em novembro de 2020.
Ao longo de seu mandato, que atravessou o período de pandemia e teve de lidar com a queda nos preços de produtos bolivianos, o ex-ministro da economia atingiu a taxa de rejeição de 50%.
A relação entre Morales e Arce se deteriorou por conta de fortes críticas feitas pelo ex-presidente à forma personalista e tecnocrática como o atual presidente tem governado.
Nesta quarta-feira, 26 de junho, Evo Morales e Luis Arce deixaram suas diferenças de lado e uniram forças em suas redes sociais para alertar sobre movimentações atípicas das forças armadas. Em suas redes sociais os dois conclamaram a população a realizar "mobilizações pela democracia".
Poucas horas depois, o general Zúñiga confirmou que um golpe de Estado estava ocorrendo no país e o Exército invadiu o palácio presidencial.
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