O presidente do Perú, José Jerí, decretou estado de emergência para a região metropolitana de Lima e o porto de Callao, anunciando que o governo adotará “uma postura ofensiva” contra a criminalidade.
A medida foi aprovada pelo Conselho de Ministros e estará em vigor durante 30 dias a partir desta quarta-feira (22).
A decisão foi tomada em meio a uma crise de segurança pública e aumento nos casos de violência urbana que se agrava no país:
“A criminalidade cresceu desproporcionalmente nos últimos anos, causando enorme sofrimento a milhares de famílias e também prejudicando o progresso do país. Mas isso acabou. Hoje começamos a mudar a história na luta contra a insegurança no Peru”, afirma uma nota oficial.
Denúncias de extorsão saltaram de 2.396 em 2023 para 15.336 em 2024, o que representa um aumento de 540 %. Lima lidera os registros, conforme dados oficiais.
Sob o regime de emergência, o governo poderá mobilizar as Forças Armadas para atuar nas ruas, em conjunto com a polícia. Estão previstas operações intensivas com militares em questões críticas, incluindo:
- fiscalizações de documentos de pessoas e veículos;
- busca de mandados;
- abertura forçada de imóveis; e
- confisco de armas e munições.
Além disso, a medida abre caminho para restrições ao direito de reunião e a inviolabilidade do domicílio.



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