“Independência ou Morte!”, a frase ecoou às margens do riacho do Ipiranga em 1822 e se tornou símbolo máximo da emancipação brasileira. Mas a curiosidade é que, durante boa parte do século XIX, o 7 de setembro não era a principal data das celebrações cívicas.
O dia mais festejado era 12 de outubro, quando Dom Pedro foi aclamado imperador do Brasil. Para a elite imperial, a aclamação representava a fundação de uma nova ordem política, mais importante do que o gesto isolado do Ipiranga.
Foi somente após a abdicação de Dom Pedro I, em 1831, que o 7 de setembro começou a ser exaltado como marco nacional, até ocupar o centro do calendário cívico.
Essa informação está presente na profunda análise que o professor Rafael Tonon fez com a Brasil Paralelo e você pode assistir gratuitamente logo abaixo:
O 7 de setembro nem sempre foi o centro das comemorações. Só após a abdicação de Dom Pedro I é que a data passou a ecoar com força, até se transformar no símbolo nacional que conhecemos. E essa transformação não é detalhe: revela como a Independência sempre foi mais que um grito, foi também uma disputa de memórias.
O quadro de Pedro Américo, pintado em 1888, eternizou o momento não com a precisão literal, mas com a força épica que se esperava de um mito fundador. E é justamente nesse ponto que reside o valor do 7 de setembro: não foi apenas o rompimento formal com Portugal, mas o marco simbólico de um processo mais longo.
A Independência do Brasil não nasceu pronta. Foi conservadora? Talvez. Certamente incompleta, mas abriu caminho para a construção de um Estado soberano. Foi gesto e processo, espada e pena, coragem e contradição.
Revisitar o 7 de setembro é, portanto, mais que comemorar uma data: é recordar que a pátria não é apenas herança, mas construção diária. Como todo nascimento, a Independência exigiu coragem, sangue e alma.
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