O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) elegeu seis políticos nas eleições de 2022. As candidaturas foram lançadas pela direção nacional do movimento com o objetivo de ampliar sua presença institucional.
Dos 15 nomes apresentados pelo MST em 12 estados brasileiros, foram eleitos três deputados federais e três estaduais.
É a primeira vez que o movimento organiza, em escala nacional, candidaturas próprias com base em sua direção central.
A iniciativa foi justificada como parte de uma estratégia para ampliar a representação política de pautas ligadas à reforma agrária e à agricultura familiar.
Filha de membros do movimento, nasceu no assentamento Normandia, em Caruaru (PE), e cresceu participando de atividades do MST. É formada em Teatro pela Universidade Federal de Pernambuco e integrou movimentos estudantis e culturais.
Em sua primeira eleição, conquistou mais de 42 mil votos e passou a ocupar uma das 49 cadeiras da Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Natural do Paraná, vive no Rio de Janeiro desde 1996. Atuou na fundação de núcleos do MST no estado e em articulações com movimentos urbanos. Teve atuação em iniciativas de agricultura urbana e segurança alimentar.
Eleita com mais de 46 mil votos, assumiu mandato em conjunto com apoiadores ligados a diferentes frentes populares.
Ativista desde os anos 1980, iniciou sua militância por meio de grupos ligados à Igreja Católica e movimentos do campo. Foi um dos primeiros articuladores do MST na Bahia, com atuação em ocupações e trabalho de base.
Foi reeleito deputado federal em 2022 com mais de 90 mil votos, após ter exercido três mandatos consecutivos.
Assentado da reforma agrária no município de Nova Santa Rita (RS), iniciou a militância no sindicalismo rural e no MST a partir da década de 1980. Já exerceu mandato como deputado estadual e, em 2010, foi eleito pela primeira vez à Câmara dos Deputados.
Em 2022, foi reeleito com mais de 122 mil votos. É um dos parlamentares com maior número de proposições ligadas à agricultura familiar.
Filho do ex-deputado Adão Pretto, iniciou sua vida pública como vereador em Viamão (RS). É formado em gestão pública e teve atuação em movimentos sociais urbanos e rurais.
Tem base política em regiões com assentamentos da reforma agrária e movimentos de moradia.
Assentado da reforma agrária no interior do Ceará, tem formação em Administração e atua na agricultura familiar. Com mais de 29 anos de militância no MST, organizou atividades de educação no campo, agroecologia e cooperativismo.
Foi eleito deputado estadual com mais de 44 mil votos válidos. Entre as pautas defendidas estão políticas de combate à desertificação e de energia renovável.
As candidaturas do MST foram registradas nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Pará, Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal.
A eleição dos seis representantes marcou o início de uma atuação institucional coordenada do movimento em âmbito legislativo.
Segundo o MST, o objetivo era ampliar a participação na formulação de políticas públicas e fortalecer a base social do movimento em espaços de representação política.
De acordo com João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, além de eleger representantes do movimento, era necessário focar na conquista de outras representações no cenário político nacional.
“O grande desafio agora é reeleger o presidente Lula com uma grande participação popular na votação e eleger Haddad em São Paulo, além de candidaturas que apoiamos em outros estados [que concorrem no segundo turno para governador]”.
Há décadas, o MST cobra recursos para assentamentos e a realização da reforma agrária. Mas o problema parece não ter fim. A terra prometida nunca chega.
Para entender por quê, a Brasil Paralelo investigou as origens, ideias e práticas do movimento. Visitou grandes ocupações. Ouviu relatos de quem vive essa realidade todos os dias.
O resultado é o documentário MST – Terra Prometida. Uma obra exclusiva, com informações pouco conhecidas e análises que dificilmente chegam ao público por outros meios.
O documentário será exibido gratuitamente no dia 22 de maio. Depois disso, ficará disponível apenas na Área de Membros da Brasil Paralelo.
Toque aqui para se inscrever e garantir o acesso à exibição gratuita
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP