Convênios com universidades e órgãos do governo
O material destaca ainda que o MST firmou convênios com universidades federais para formar quadros políticos e educar assentados em cursos técnicos e superiores.
“Os recursos foram utilizados para formar militantes, promover congressos e manter estruturas políticas do movimento, com apoio direto de instituições públicas”.
Veículos apontaram que integrantes do MST ocuparam cargos estratégicos no Ministério do Desenvolvimento Agrário e em órgãos como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), facilitando o acesso a editais e programas públicos voltados à agricultura familiar.
Cargos em órgãos públicos e controle institucional
Durante o governo Lula, lideranças do MST foram indicadas para cargos-chave. O ex-deputado estadual Edgar Pretto (PT-RS), ligado historicamente ao movimento, assumiu a presidência da Conab, responsável por executar o Programa de Aquisição de Alimentos.
O Tribunal de Contas da União, em inspeção feita durante o governo Dilma, apontou problemas graves na execução do PAA.
Em determinadas regiões, houve distribuição de mais de 1 tonelada de alimentos por pessoa, incluindo 1455 kg de banana ou 274 kg de quiabo, além de pagamentos a falecidos e servidores públicos ativos.
R$450 milhões do Fundo Amazônia
Em 2024, a possibilidade de que cooperativas ligadas ao MST acessem recursos do Fundo Amazônia gerou debate no Congresso. O edital da chamada “Restaura Amazônia”, anunciada pelo BNDES, prevê repasses de até R$450 milhões.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, citou o MST como um dos possíveis beneficiários, ao lado de outras organizações sociais.
Mesmo sem CNPJ, o movimento poderia se beneficiar por meio de entidades coligadas, como a Concrab, que reúne dezenas de cooperativas ligadas ao MST.
“Recursos não reembolsáveis para os movimentos sociais, para o MST, para a Contag, os assentamentos...”, afirmou Aloizio Mercadante, em evento do BNDES sobre o Fundo Amazônia.
O MST estrutura sua atuação financeira por meio de entidades jurídicas próprias cooperativas, associações e ONGs vinculadas ao movimento, mas formalmente independentes.
Isso permite a captação de recursos via programas públicos, convênios com universidades, emissão de títulos financeiros e, mais recentemente, editais como o do Fundo Amazônia.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é uma das organizações mais conhecidas do Brasil
A alta cúpula do movimento possui alianças próximas com presidentes, poder político para escolher membros de governo e atualmente conta com centenas de milhares de membros.
Para uns, um movimento terrorista, para outros, heróis da justiça social. Afinal, o que é o MST?
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