O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou neste sábado (16) que é pré-candidato à presidência da República nas eleições de 2026. A declaração foi feita durante um evento do partido realizado em São Paulo.

Ao longo da entrevista coletiva, o governador de Minas criticou o que chamou de “receita fracassada da esquerda” e prometeu enfrentar o “lulismo”. Além disso, defendeu a livre iniciativa, prometeu reduzir o tamanho do Estado, combater facções criminosas e eliminar o que considera parasitismo na máquina pública.

Além disso, apresentou seu plano para enfrentar a extrema probreza. Em resposta à Brasil Paralelo, afirmou que o maior plano para que brasileiros possam sair da vulnerabilidade é a geração de empregos: 

“No dia em que o Brasil criar empregos de melhor qualidade e em maior quantidade, com toda certeza o brasileiro se sentirá muito mais amparado do que com qualquer programa social.

Ele vai se qualificar, ele vai se desenvolver, ele vai ganhar mais, ele vai passar a ter mais autoestima.

Eu acredito nesse programa social, e em Minas nós criamos mais de 1 milhão de empregos de carteira-assinada".

Segundo o IBGE, atualmente 31% dos brasileiros se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Emprego e economia em Minas: o modelo de Zema

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego, Minas Gerais gerou 149.282 empregos formais no primeiro semestre de 2025, sendo o segundo maior gerador de oportunidades no Brasil, atrás apenas de São Paulo. 

Em abril de 2025, o Estado alcançou um recorde histórico, com 29.083 novas vagas, impulsionadas pelos setores de serviços (14.744 vagas), indústria (4.551) e construção (3,704). 

Em 2024, o estado criou 139.503 postos formais, com crescimento de 1.04% em relação a 2023.

A indústria mineira

A indústria mineira responde por 11.5% dos empregos formais do setor no Brasil, com 1.4 milhão de trabalhadores. Segundo a FIEMG, para cada R$1 produzido pela indústria, R$2.06 são gerados na economia local, evidenciando o impacto multiplicador. 

A redução de burocracia e incentivos fiscais atraíram investimentos, como os R$10.3 bilhões anunciados em Uberlândia, que devem gerar 26 mil empregos. 

Além disso, 67% dos recursos de pesquisa e desenvolvimento do setor privado em Minas vêm da indústria, com destaque para mineração, biotecnologia e tecnologia da informação, em parcerias com a UFMG e o CDTN.

A FIEMG projeta continuidade na geração de empregos, embora em ritmo mais moderado, com a indústria e serviços sustentando o crescimento. A taxa de desemprego em Minas, de 4.3% no fim de 2024, é a menor da série histórica. 

Segundo o governador, esse modelo será replicado para o aumento da produtividade em todo o Brasil, no qual o trabalho formal será a principal ferramenta contra a vulnerabilidade social.

• Veja a entrevista exclusiva da Brasil Paralelo com Romeu Zema:

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.