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Internacional
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Ladrões invadem o Louvre e roubam joias da coroa em menos de dez minutos

Um assalto de sete minutos expôs a vulnerabilidade do museu mais visitado do mundo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
19/10/2025 20:13
AFP
“O roubo no Louvre é um ataque a um patrimônio que prezamos, porque é a nossa história”, declarou o presidente Emmanuel Macron ao comentar o crime no museu mais visitado do mundo.

Nove peças foram subtraídas do Museu do Louvre, em Paris, neste domingo (19) após um roubo que abalou a França.

Um grupo de criminosos invadiu o edifício e levou peças da coleção real francesa. O crime ocorreu por volta das 9h30 da manhã (4h30 em Brasília), cerca de meia hora após a abertura ao público.

De acordo com o Ministério do Interior da França, os assaltantes usaram uma plataforma acoplada a um caminhão para alcançar o primeiro andar do museu. Eles arrombaram uma janela, quebraram vitrines e fugiram em motos. A operação durou menos de dez minutos.

“Eles claramente fizeram um reconhecimento prévio. Parecem muito experientes”, afirmou o ministro do Interior, Laurent Nuñez, descrevendo o episódio como um “grande roubo” e destacando que as joias levadas têm “valor inestimável”.
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Como foi o assalto?

As investigações indicam que três ou quatro homens mascarados participaram da ação. Testemunhas relataram que dois deles usavam coletes de operários enquanto manobravam a plataforma utilizada para acessar a Galeria de Apolo.

Os criminosos cortaram o vidro das vitrines com ferramentas elétricas, recolheram as peças e escaparam por uma saída lateral. A coroa da imperatriz Eugênia, composta por 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, foi encontrada danificada nas ruas de Paris.

A polícia investiga a possibilidade de cumplicidade interna. Os criminosos teriam acessado o prédio por uma área em obras na fachada voltada para o rio Sena e usado o elevador de carga para alcançar a galeria.

O que foi levado?

A imprensa francesa informou que foram levadas nove peças, entre elas um colar, uma tiara, um broche e a coroa da coleção de Napoleão e da imperatriz Eugênia.

  • A tiara do conjunto da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortênsia, feita de safiras do Ceilão e diamantes.

A peça foi usada por Hortênsia de Beauharnais, filha da imperatriz Josefina, e depois por Maria Amélia de Bourbon-Siciles, esposa de Luís Filipe, rei da França.

  • O colar e um par de brincos de safiras do mesmo conjunto da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortênsia. As peças, modificadas ao longo dos séculos por seus proprietários, permaneceram com a família de Orléans até 1985.
Jóias da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortense. Imagem: Le Parisien.
  • O colar de esmeraldas e os brincos do conjunto da imperatriz Maria Luísa, segunda esposa de Napoleão Bonaparte.
O colar de esmeraldas do conjunto de Marie-Louise. Imagem: Le Parisien.

O conjunto foi um presente de casamento dado por Napoleão em 1810. O colar possui 32 esmeraldas e 1.138 diamantes, incluindo dez pedras em formato de pera.

  • Um broche relicário, de origem ligada ao mesmo período, cujo desenho detalhado remete à tradição devocional das joias francesas do século XIX.
  • Uma tiara da imperatriz Eugênia de Montijo, esposa de Napoleão III, criada pelo ourives Alexandre-Gabriel Lemonnier. A peça reflete o estilo do Segundo Império e era considerada uma das mais emblemáticas da coleção.
  • Um grande laço de corpete da imperatriz Eugênia, conhecido como “nó de corpete”, usado em cerimônias oficiais e bailes imperiais.
Nó do corpete da Imperatriz Eugênia. Imagem: Le Parisien.
  • A coroa da imperatriz Eugênia, peça central do roubo, de 13 cm de altura e 15 cm de largura, composta por 1.354 diamantes e 56 esmeraldas.
A coroa da Imperatriz Eugênia. Imagem: Le Parisien.

Criada em 1855 para a Exposição Universal de Paris, foi encontrada danificada nas proximidades do museu, junto com sua caixa original.

O diamante Regent, de 140 quilates, uma das joias mais valiosas do mundo, não foi roubado. Avaliado em cerca de R$325 milhões, o Regent foi descoberto na Índia em 1698 e já pertenceu a Luís XV, Napoleão Bonaparte e Maria Antonieta.

Segundo o ministro Nuñez, os ladrões fugiram antes que o sistema de segurança acionasse os alarmes da ala.

“Foi uma ação rápida, meticulosa e planejada com antecedência”, afirmou o ministro.

Reação e investigação

O Ministério Público de Paris abriu um inquérito por “furto organizado e conspiração criminosa” com apoio da brigada especializada em tráfico de arte e bens culturais.

As autoridades revisam as imagens das câmeras de segurança do museu e da área do rio Sena, enquanto a fachada e a plataforma usada na invasão passam por perícia.

Os criminosos teriam planejado a rota de fuga até estradas secundárias da capital, onde abandonaram os veículos usados na operação.

O governo francês determinou a revisão dos protocolos de segurança dos museus nacionais.

O museu mais visitado do mundo

O Museu do Louvre, inaugurado em 1793, é o mais visitado do mundo, com mais de 8 milhões de visitantes anuais e um acervo de 33 mil obras, incluindo:

  • a Mona Lisa;
  • a Vênus de Milo;
  • a Vitória de Samotrácia.

A Galeria de Apolo, alvo do roubo, foi criada pelo rei Luís XIV como homenagem ao deus grego da luz. 

Galeria de Apolo. Imagem: Museu do Louvre
“O Louvre é um símbolo global da nossa cultura. Esse roubo é uma humilhação insuportável para o nosso país”, escreveu Jordan Bardella, líder da oposição francesa, em publicação no X.


Nos últimos meses, o museu enfrenta críticas por superlotação e falta de pessoal, o que gerou greves e atrasos na abertura.

O governo lançou o projeto “Nova Renascença do Louvre”, de R$ 4,4 bilhões, para modernizar o prédio até 2031. Os funcionários do museu afirmam que as melhorias não têm acompanhado o crescimento do público.

Um passado de grandes roubos

O Louvre já foi palco de outros furtos célebres. Em 1911, a Mona Lisa foi roubada por um ex-funcionário do museu, Vincenzo Peruggia, que se escondeu dentro do prédio e fugiu com a pintura escondida sob o casaco.

A obra só foi recuperada dois anos depois, em Florença.

Em 1983, duas armaduras renascentistas desapareceram do acervo e só foram recuperadas quase 40 anos depois.

Mais recentemente, museus franceses como o Cognacq-Jay, o Hieron e o Adrien Dubouché, em Limoges, também sofreram assaltos a mão armada.

O roubo cinematográfico no Louvre colocou em alerta o sistema de segurança dos museus da Europa e levantou um debate sobre a proteção do patrimônio histórico em meio à crescente pressão do turismo global.

“As joias levadas são parte da memória da França”, declarou o ministro Nuñez. “E o país fará tudo o que for necessário para recuperá-las.”

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