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Atualidades
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Kim Kataguiri defende que Bolsonaro deve ir para a cadeia

Deputado diz que o ex-presidente deve cumprir pena na cadeia e critica o Supremo por atropelar o processo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
28/10/2025 13:49
Mario Agra / Câmara dos Deputados

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) afirmou que Jair Bolsonaro (PL) deve cumprir pena na cadeia e só sair para consultas médicas, quando necessário.

“Ele tentou de fato dar um golpe de Estado. Deve ir para a cadeia, sim”, disse em entrevista à BBC News Brasil.

Kim afirma que Bolsonaro chegou a discutir a minuta de um plano de ruptura institucional com os comandantes das Forças Armadas e só não levou a ideia adiante porque o então chefe do Exército ameaçou prendê-lo.

“A gente esteve a um sim, o sim do comandante do Exército, de ter um golpe de Estado”, afirmou.

O parlamentar também criticou a forma como a Suprema Corte conduziu o julgamento. Para ele, o processo teve “vícios” e atropelos legais.

“O Supremo inventou uma terceira via de foro. Bolsonaro deveria ter sido julgado na primeira instância ou pelo plenário, mas foi julgado por uma turma”.

A resposta de Kim Kataguiri gerou revolta nas redes sociais, incluindo críticas do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que afirmou que Kim “é um capacho da ditadura”.

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Críticas ao ex-presidente

Kataguiri é um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL) e apoiou Bolsonaro no segundo turno de 2018. Ele afirmou ter se arrependido do voto.

“Ele traiu o próprio eleitorado. Pegou o país com o PT impopular, o Lula preso e mesmo assim conseguiu entregar o poder de volta à esquerda”, disse.

O deputado acusou o ex-presidente de abandonar a pauta anticorrupção ao tentar proteger familiares investigados. 

A entrevista marca o reposicionamento de Kataguiri dentro da direita brasileira. O parlamentar prepara o lançamento do partido Missão, liderado por Renan Santos, também fundador do MBL, e descarta qualquer aliança com os Bolsonaro.

Kataguiri, hoje com 29 anos, não pode disputar a Presidência por ainda não ter idade mínima exigida pela Constituição, mas planeja concorrer ao governo de São Paulo ou a um terceiro mandato na Câmara.

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