A medida americana foi anunciada por Donald Trump no início de julho e deve entrar em vigor em 1º de agosto, atingindo todas as exportações brasileiras aos EUA.
O presidente brasileiro disse estar “tranquilo” com o cenário e afirmou confiar na atuação diplomática liderada pelo Itamaraty e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.
Ele também destacou a importância do setor privado no diálogo internacional:
“Os empresários brasileiros precisam conversar com seus contrapartes nos Estados Unidos, porque quem vai sofrer com isso são os próprios empresários.”
Em pronunciamento anterior, Lula já havia criticado duramente o que chamou de “chantagem inaceitável”, acusando Trump de usar ameaças e desinformação para pressionar o Brasil:
“Fizemos mais de 10 reuniões com o governo dos Estados Unidos, e encaminhamos, em 16 de maio, uma proposta de negociação. Esperávamos uma resposta, e o que veio foi uma chantagem às instituições brasileiras”, afirmou.
Apesar das ameaças de retaliação via Lei da Reciprocidade, que permite ao Brasil aplicar medidas semelhantes contra países que impõem barreiras comerciais unilaterais, o governo ainda tenta reverter a decisão americana por meio do diálogo com empresários e autoridades diplomáticas.
Lula reforçou que respeita a independência do Judiciário brasileiro e não aceitará imposições externas ligadas a decisões judiciais.
A crise comercial se soma a tensões políticas entre os dois países, acirradas desde que Trump voltou à Casa Branca e passou a adotar uma postura mais dura em relação à América Latina.
Por ora, o governo brasileiro aposta na diplomacia, mas, segundo Lula, a resposta está pronta caso os Estados Unidos mantenham o tarifaço.