Durante a retomada dos trabalhos do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes fez um discurso em defesa da Corte e do ministro Alexandre de Moraes. O ministro é alvo de sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Global Magnitsky.
Nesta sexta-feira (1º), o decano do STF afirmou que a Corte enfrenta uma “escalada de ataques” que não se restringem a seus membros, mas que configuram também “uma ação orquestrada contra o povo brasileiro”.
Segundo ele, esses ataques partem de “radicais inconformados com a derrota nas últimas eleições” e de “interesses de grandes empresas de tecnologia” contrários à responsabilização por crimes nas redes.
Em outro trecho, Gilmar citou diretamente o caso Moraes, dizendo que as críticas contra o ministro são infundadas e tentam deslegitimar a condução dos processos relacionados à tentativa de golpe.
“Seus atos têm sido pautados pela legalidade, pela transparência e pelo respeito aos direitos fundamentais”, afirmou o ministro.
Gilmar também criticou um “deputado federal que fugiu do país para covardemente difundir aleivosias contra o STF”, provavelmente referindo-se ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro.
O magistrado ainda disse que sanções unilaterais são “atos de hostilidade que desrespeitam o princípio da não intervenção entre as nações”.
“O Supremo Tribunal Federal não se dobra a intimidações”, afirmou.
O decano reafirmou que o Judiciário brasileiro é independente e que “sem juízes livres, não há cidadãos livres”. Para ele, a resposta do Estado será proporcional às ameaças:
“A democracia e as instituições brasileiras são fortes e resilientes. O STF permanecerá inabalável em sua missão de servir à Constituição e ao povo brasileiro.”
Além do decano, também discursaram o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e o ministro Alexandre de Moraes, que fez sua primeira manifestação pública após ser alvo de sanções internacionais.
Veja a fala completa divulgado pelo canal oficial do STF:
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