A Open Society Foundations, rede criada pelo bilionário progressista George Soros, destinou US$150 mil, o equivalente a R$800 mil, ao documentário Apocalipse nos Trópicos.
Os recursos enviados por Soros foram utilizados para financiar a etapa final da produção do filme e sua distribuição.
O documentário dirigido por Petra Costa ganhou projeção em festivais e entrou no catálogo da Netflix em julho.
A diretora chegou a receber indicação ao Oscar pelo filme Democracia em Vertigem, sobre o impeachment de Dilma.
O enredo aborda o crescimento da religião evangélica no Brasil e relaciona o fenômeno à eleição de Jair Bolsonaro em 2018.
O pastor Silas Malafaia é destacado uma figura-chave na articulação entre grupos religiosos neopentecostais e a política nacional.
A narrativa coloca a fé como instrumento de manipulação política, sobretudo durante a pandemia e nas eleições de 2022, além de associar os fieis aos protestos de 8 de janeiro de 2023.
O financiamento da Open Society ocorreu por meio do Instituto Peri, entidade sem fins lucrativos fundada em 2024 como braço da Peri Productions.
De acordo com o site da organização, a proposta é se envolver com “histórias que possuem o potencial de mover grandes públicos”.
O mesmo portal afirma que o foco do instituto é apoiar filmes com o potencial de causar impacto na sociedade:
“Nos envolvemos com histórias que possuem o potencial de mover grandes públicos, mas nossa curadoria de projetos é orientada por uma preocupação primordial com o impacto que essas histórias terão na sociedade”.
O instituto Peri foi fundado pela especialista em comunicação e ativista política Alessandra Orofino.
Ela é uma das cofundadoras do coletivo NOSSAS, um grupo que defende causas de esquerda, como a regulamentação das redes sociais e contra a anistia para os envolvidos no 8 de janeiro.
Alessandra chegou a ser convidada para ocupar o cargo em um grupo de trabalhos no ministério das Comunicações e foi escolhida pela fundação Obama para um prêmio voltado a lideranças sociais.
A Fundação de Soros distribui recursos para organizações sociais e indivíduos que promovem uma "sociedade aberta".
Grande parte das iniciativas beneficiadas pelo bilionário apoiam causas como legalização de drogas, do aborto e a propagação da ideologia de gênero.
No Brasil, a Open Society já repassou grandes quantias para organizações conhecidas, como:
Segundo o Instituto Monte Castelo, que faz o mapeamento dos recursos doados entre 2016 e 2022, George Soros repassou R$451,1 milhões a organizações brasileiras.
Os dados de 2023, compilados pela Gazeta do Povo, destacam que o ano de 2023 foi marcado pela maior atividade da Open Society no Brasil.
Segundo as informações do jornal, Soros teria distribuído um valor equivalente a R$155,5 milhões a agentes presentes no país.
Com isso, a soma do total repassado ao longo dos anos chega a R$605 milhões, sem contabilizar a correção monetária.
Os valores podem ser ainda maiores, já que existe uma parcela do investimento chamada de Global, que pode ser realizado em qualquer região.
Para fins de comparação, no ano de 2022, a Open Society havia enviado o equivalente a R$106,5 milhões.
Alexander Soros, filho e herdeiro do bilionário, veio ao Brasil em agosto para se encontrar com alguns dos principais nomes da esquerda brasileira.
Ele teve reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e político como:
A pauta oficial da reunião foi a preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em novembro, em Belém, no Pará.
Em seu perfil no X, Alexander compartilhou uma nota sugerindo que o Brasil é um modelo progressista único para o mundo:
"Agradeço as trocas com o ministro Haddad, o senador Rodrigues e os deputados Gadêlha, Hilton e Tonantzin enquanto o Brasil se prepara para a COP 30 e continua a traçar um modelo progressista único para a democracia em todo o mundo".
O bilionário também concedeu uma entrevista à Folha de São Paulo, na qual falou sobre as tarifas de Trump e os projetos que financia.
Ele defendeu que a esquerda precisa aumentar sua presença e o financiamento em veículos de mídia para voltar ao centro do poder:
“Aprendi que investimentos em mídia muitas vezes são mais eficazes do que na sociedade civil. Democratas ricos precisam entender que não teremos regulação de mídia se não derrotarmos essa vertente do Partido Republicano, esse flagelo antiamericano. E para isso precisamos investir em mídia, é combater fogo com fogo.”
Entenda quem é Alexander Soros e por que a fundação de seu pai investe tanto no Brasil com o especial da Brasil Paralelo. Assista completo abaixo:
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