Foro por prerrogativa de função, mais conhecido como foro privilegiado, é a regra que faz com que algumas autoridades sejam julgadas diretamente no Supremo Tribunal Federal.
Os processos comuns seguem o caminho oposto: a ação penal começa na primeira instância e só chega aos tribunais superiores por recurso.
O foro especial altera esse percurso com a justificativa de proteger o exercício da função pública contra perseguições e pressões políticas.
Estão sujeitas ao foro privilegiado pessoas que ocupam cargos como:
Outras autoridades também têm foro, mas em tribunais diferentes, como governadores no STJ e prefeitos nos Tribunais de Justiça, por exemplo.
A justificativa é proteger o exercício da função pública contra perseguições e pressões políticas.
A PEC das Prerrogativas altera o funcionamento dessa proteção para parlamentares e amplia quem é julgado diretamente pelo STF:
Presidentes de partidos com representação no Congresso passam a ter foro no STF mesmo sem ocupar cargos públicos.
O pacote também altera a norma para julgar figuras públicas protegidas pelo foro, estabelecendo:
Nikolas Ferreira defendeu o projeto, afirmando que é uma forma de defender a oposição de avanços do STF.
Ele também acusou os partidos de esquerda de estarem se opondo à proposta por serem apoiados pelo Judiciário:
“Queremos ser blindados mesmo, de um STF que age como agente político contra membros desta casa, abrindo inquéritos e fazendo apreensão por palavras. Sabe porque eles não querem essa blindagem? Porque eles já são blindados, podem xingar seus opositores de nazistas e fascistas, podem fazer fake news durante as eleições, podem fazer rachadinha, é claro que eles não vão defender a PEC da Blindagem.
O deputado seguiu afirmando que a proposta não impedirá que autoridades acusadas de crime sejam processadas e julgadas:
“Estão com medo do que? Quem cometer crime vai pagar, simples assim, a gente vota e mostra que esta casa é contra criminosos.”
A ministra Gleisi Hoffmann afirmou que a PEC serve aos interesses da Câmara dos Deputados e não pode ser barrada por Lula:
“A chamada PEC das prerrogativas interessa ao parlamento, que a aprovou. Por ser emenda à Constituição, a matéria não está sujeita ao veto presidencial.”
Ela seguiu afirmando que o governo vai buscar apoio para pautas consideradas prioritárias, principalmente na questão tributária:
“A chamada PEC das prerrogativas interessa ao parlamento, que a aprovou. Por ser emenda à Constituição, a matéria não está sujeita ao veto presidencial.”
O deputado Kim Kataguiri (União-SP) alega que o projeto beneficia criminosos e anunciou que vai recorrer ao STF sobre a aprovação:
“A PEC da impunidade já é uma aberração por si só, mas, além disso, atropela todas as regras do processo legislativo. Recorri ao STF para suspender a tramitação desse projeto que tem um único objetivo: proteger a pele de vagabundo.”
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