O Brasil representa 2,7% dos habitantes em todo o mundo, ao mesmo tempo, o país concentra mais de 20% de todos os assassinatos registrados. Os dados são de 2021, com base no 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública e no ranking da UNODC, o escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.
Em 2021, os números de mortes violentas internacionais caíram 6,5% no Brasil em relação ao ano anterior. Mortes violentas representam a soma das vítimas de:
- homicídio doloso;
- latrocínio;
- lesão corporal seguida de morte;
- mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora.
O perfil das vítimas segue o mesmo de levantamentos passados: negros (77,9%), com idade entre 12 e 29 anos (50%) e do sexo masculino (91,3%). A maior parte das mortes (76%) foi com uso de arma de fogo.

Em 2017, o Brasil teve um pico de violência, com taxa de 30,9 mortes violentas para cada grupo de 100 mil habitantes. Os anos seguintes foram de reduções sucessivas.
Em 2020, a taxa apresentou voltou a crescer e chegou a 23,8 casos por 100 mil habitantes. Em 2021, caiu para 22,3.
- Leia mais: a crise de segurança pública no Brasil.
Apesar da queda, o Brasil é o país com maior número absoluto de homicídios do planeta e ocupa a posição de oitavo país mais violento do mundo, de acordo com ranking da UNODC.
Com 2,7% da população do planeta, o Brasil responde por 20,4% dos 232.676 homicídios registrados em 2020 em 102 países pelo órgão.

“Temos um cenário no Brasil de violência extrema, com cidades com taxas altíssimas de mortes e o crescimento de vários tipos de roubos e casos de estelionatos - ressaltou Renato Sérgio de Lima, diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. - Tudo isso mostra que essa pequena redução, apesar de ser uma boa notícia, está longe de fazer com que o Brasil seja um país mais seguro”.



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