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História
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16 de Julho: 80 anos do ingresso brasileiro na 2ª Guerra Mundial

Nesta data em 1944, desembarcava no porto de Nápoles, na Itália, o 1° Escalão da Força Expedicionário Brasileira para auxiliar no combate aos nazismo e ao fascismo

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
16/7/2024 20:14
Getty Images

Por: Alexandre Magnani

Na manhã de 16 de julho de 1944, o porto de Nápoles, na Itália, testemunhou um momento histórico que marcaria a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Após duas semanas cruzando o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo a bordo do navio americano General Mann, cerca de 5 mil jovens soldados brasileiros, a maioria com 21 anos ou menos, desembarcaram prontos para enfrentar os desafios do conflito. Esse era o início da saga da Força Expedicionária Brasileira (FEB) em solo europeu.

A chegada ao porto de destino não foi das mais tranquilas. Em seu livro “A FEB pelo seu Comandante”, o general Mascarenhas de Moraes, que comandava a Força, relatou as dificuldades encontradas, destacando a falta de estrutura adequada para as suas tropas.

“Não havia barraca para praça, nem cozinhas, por isso a tropa utilizou a ração norte-americana de reserva, tipo C, e teve de bivacar em meio a uma noite terrivelmente fria, o que se constituiu um rude teste para nossa gente. Cedo, porém, a situação se normalizou”, disse Mascarenhas de Moraes.

Pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial. Imagem: Gazeta do Povo. 

Logo após o desembarque, o Comandante das Forças Norte-Americanas no Mediterrâneo, tenente-general Jacob L. Devers, subiu a bordo para cumprimentar os brasileiros, enquanto uma guarda de honra formada ao longo do cais prestava continência ao general Mascarenhas de Moraes.

Em seguida, após a recepção americana, a tropa seguiu para a área de estacionamento em Agnaro, nas proximidades do subúrbio napolitano de Bagnoli, enfrentando o frio intenso e a poeira negra vulcânica, que levaram muitos soldados à enfermaria.

O heroísmo dos pracinhas brasileiros

Os primeiros dias foram marcados por desafios logísticos na distribuição de material bélico, mas a partir de 4 de agosto de 1944, em Tarquínia e incorporados ao V Exército Norte-Americano, o 1º Escalão da FEB pôde aprimorar a instrução militar, preparando-se para os combates que estavam por vir. Foi nesse cenário que a coragem e a determinação dos pracinhas brasileiros começaram a se destacar.

Entre os veteranos da FEB, está o tenente-coronel Nestor da Silva, que completou 107 anos na última segunda-feira (15/7). O militar destacou que a presença da FEB na Itália deixou um legado duradouro, não apenas pela bravura demonstrada nas batalhas, mas também pela relação construída com o povo italiano.

“Os alemães roubavam tudo dos italianos, mas os brasileiros ofereciam cigarro, café e comida. Até hoje, o povo italiano nos recebe com carinho, lembrando da nossa contribuição para a libertação do país”, comentou o ex-combatente.

O tenente-coronel também relembrou um episódio que marcou sua trajetória na guerra. Na ocasião, ele foi atingido por uma granada, mas acabou não se ferindo com mais gravidade.  

“Durante o ataque a Montese, uma granada de artilharia atingiu meu capacete, mas, por sorte, não me feriu gravemente. Tivemos que enfrentar dificuldades de comunicação, e isso quase nos custou a vitória. Mas conseguimos restabelecer as comunicações e continuar o ataque. Fizemos oito prisioneiros naquele dia, o que foi um feito considerável”, relembrou Nestor.

O militar também destacou que a batalha de Montese foi um dos momentos mais árduos enfrentados. Os soldados brasileiros enfrentaram um terreno complicado e clima rigoroso. Apesar das adversidades e das mais de quatrocentas baixas, as tropas brasileiras cercaram a 148ª Divisão alemã, aprisionaram cerca de 21 mil homens e venceram o embate.

“Para todos os brasileiros, Montese foi a mais difícil [das batalhas]. Lutar em um lugar com casas é muito mais complicado do que em campo aberto. Em Montese, minha companhia foi escalada para atacar, e foi uma luta casa por casa, onde nunca sabíamos o que encontraríamos. A cada casa, um novo perigo”, disse Nestor.

O heroísmo dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial é uma página de ouro na história do Brasil. A chegada da FEB em Nápoles foi o começo de uma saga de coragem e sacrifício que se estenderia pelos campos de batalha da Itália. Jovens de diferentes partes do Brasil se uniram sob uma única bandeira, enfrentando condições adversas e o horror da guerra com determinação e bravura. O legado desses heróis continua a inspirar e a lembrar a todos da importância do sacrifício pela liberdade e pela paz.

O desembarque em Nápoles há 80 anos não apenas marcou o início da participação efetiva do Brasil na Segunda Guerra Mundial, mas também destacou a força e a resiliência dos soldados brasileiros. À medida que avançavam pelas cidades italianas, os pracinhas deixavam uma marca indelével de coragem, valores que permanecem vivos na memória coletiva do Brasil.

 

 

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