Atualidades
3
min de leitura

Youtuber visita fronteira da Coreia do Norte e é proibido de filmar

Nômade raiz conseguiu mostrar um pouco da realidade no país mais fechado no mundo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
4/11/2025 12:09
Financial Times

Conhecido por documentar suas viagens pelos quatro cantos do mundo, o youtuber André, do canal Nômade Raiz, decidiu se aproximar de um dos lugares mais enigmáticos do planeta.

Ele partiu de Dalian, na China, e pegou um trem-bala rumo a Dandong, a última cidade antes da Coreia do Norte

Foram quase três horas até o local mais próximo do regime mais fechado do mundo onde ele conseguiu chegar. André conta que sentiu algo estranho assim que seu trem parou na cidade:

Nunca ouvi falar dessa cidade antes. Mas quando cheguei aqui, percebi que tinha algo diferente no ar”.

Ano passado, a Coreia do Norte se abriu para o turismo, porém os visitantes precisam seguir o roteiro juntamente com guias do Estado.

André comentou ao longo do vídeo que se recusa a conhecer o país dessa forma artificial e sob o controle do regime, por isso se limitou a ir para a fronteira. Clique aqui para assistir o vídeo completo.

Ele foi proibido de gravar nas redondezas da Coréia do Norte

Assim que chegou ao hotel, o nômade começou a filmar o local. Não demorou para uma mulher na recepção o repreender e proibir gravação

A funcionária ficou inquieta com a câmera e exigiu uma foto do viajante, um protocolo incomum até mesmo em solo chinês

Ele voltou a gravar no corredor de seu quarto e mostrou que era possível ver a Coreia do Norte diretamente da janela. O hotel emprestava binóculos para os visitantes observarem o país.

No quarto, André conseguiu ver caminhões cruzando a ponte que liga os dois países durante a noite. 

As gravações voltaram a causar problemas no dia seguinte, quando ele foi tomar café da manhã em um restaurante. 

O youtuber pediu para filmar sua refeição e disse que recomendaria o restaurante, mas o pedido foi recusado sem explicações. Minutos depois, um homem se sentou atrás dele, observando em silêncio. 

Apesar da proibição, o nômade raiz continuou gravando em segredo. No estabelecimento, uma televisão exibia uma propaganda norte-coreana.

Outro ponto que ele destacou foi que funcionários com feições e traços que sugeriam origem coreana pareciam operar o local. 

Aquela mulher não parecia chinesa. Traços arredondados, corpo diferente. São feições típicas da Coreia do Norte”.

O mais próximo que ele conseguiu chegar da Coreia do Norte

O nômade foi para a ponte entre a China e a Coreia do Norte, o local era marcado por armamentos antigos e referências à guerra que tomou a região na década de 1950.

Nas proximidades da ponte, pessoas vendiam roupas típicas coreanas e frutas plantadas no país.

Ele caminhou pela ponte para tentar chegar o mais próximo possível do regime comunista de Kim Jong Un

Na entrada havia uma estátua representando o ditador Mao Tsé Tung liderando os soldados que combateram na guerra contra os EUA.

O ambiente estava repleto de chineses nacionalistas, que carregavam a bandeira de seu país e cantavam hinos patrióticos. Um telão exibia propaganda socialista, com mensagens anti-americanas.

Barcos com norte-coreanos navegavam com pessoas observando a fronteira, embarcações chinesas mantinham um roteiro semelhante.

O nômade pegou um desses passeios de barco e usou o zoom do celular para ver alguns militares norte-coreanos patrulhando a região.

Pouco depois ele foi para uma região de natureza na cidade, onde conseguiu encontrar um trecho no final da Grande Muralha da China.

Lá, ele conseguiu utilizar o zoom do celular para filmar alguns operários que trabalhavam em uma construção.

O nômade também encontrou uma pequena grade que separava os dois países. Ele destacou que o principal objetivo da proteção era impedir que os coreanos fugissem do regime:

Não pense você que essas proteções aqui são para parar os chineses, mas para impedir os norte-coreanos de virem para cá. Os chineses não vão querer ir pro outro lado e acho que os coreanos também não vão querer vir para cá, eles sabem que eles vão sofrer punições severas e a China tem obrigação de mandá-los de volta”.

A Coreia do Norte é um dos últimos no mundo países que ainda vivem sob uma ditadura comunista.

Existem apenas cinco países que se dizem socialistas no mundo, mas essa chegou a controlar grande parte da humanidade ao longo do século XX.

Entenda o que é o comunismo e como ele causou um dos maiores massacres da humanidade com o épico História do Comunismo. Assista ao primeiro episódio completo abaixo:

Clique aqui e garanta acesso à série completa, além de todas as produções originais por apenas R$10.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais