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Política
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Vitória da direita na Holanda: partido anti-imigração islâmica e anti-União Europeia sai vitorioso nas eleições

Geert Wilders, líder do PVV, precisa de escolta armada 24 horas por dia devido às ameaças que sofre em retaliação contra suas opiniões.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
11/12/2023 16:44
Foto: John Thys / AFP.

O ano 2023 apresentou um marco inédito na política holandesa: o Partido Para a Liberdade (PVV) conquistou a maioria das cadeiras parlamentares. 

Geert Wilders, líder do PVV, está na política holandesa há 25 anos. Seu discurso foi considerado como de "extrema direita" para a mídia mainstream, mas ele afirma que suas ideias apenas defendem patriotismo e leis morais básicas.

Entenda a reviravolta política na Holanda e seus principais efeitos geopolíticos.

O pensamento e a trajetória de Geert Wilders

A vida política de Geert Wilders teve início há mais de 25 anos, no Partido Popular Para a Liberdade e Democracia. A partir de 2002, quando se tornou porta-voz do partido, suas opiniões anti-Islã passaram a ganhar proporções nacionais, causando conflitos internos em seu meio social.

Em entrevista ao The Guardian, Wilders disse:

"O Islã é algo que já não podemos permitir nos Países Baixos. Quero que o Alcorão fascista seja banido. Precisamos parar a islamização dos Países Baixos. Isso significa o fim das mesquitas, o fim das escolas islâmicas, o fim dos imãs... Nem todos os muçulmanos são terroristas, mas quase todos os terroristas são muçulmanos.'

Liberdade de expressão ou discurso de ódio? 'Eu não crio ódio. Eu quero ser honesto. Eu não odeio pessoas. Eu não odeio muçulmanos. Odeio o livro deles e a ideologia deles".

Violência na Holanda

Em entrevistas a televisões nacionais, Wilders ressaltou que mais de 60% dos jovens marroquinos que migraram para a Holanda foram presos após cometerem crimes. As estatísticas mostram que a maioria dos criminosos da Holanda não são holandeses, mas imigrantes.

Fonte: Instituto Central de Estatística do governo da Holanda (Centraal Bureau voor de Statistiek).

O aumento nos crimes foi precedido pelo maior aumento do fluxo de imigrantes da história recente da Holanda, ressaltou Wilders.

Fonte: Instituto Central de Estatística do governo da Holanda (Centraal Bureau voor de Statistiek).

Devido a suas opiniões consideradas conservadoras, as lideranças de seu primeiro partido buscaram afastá-lo do grupo. Wilders chegou a ser banido do Reino Unido devido às suas falas contra imigração. 

Em 2002, um dos aliados políticos de Wilders foi assassinado devido a sua posição sobre imigrações de povos islâmicos. O assassino de Pim Fortuyn, Volkert van der Graaf, afirmou que matou Pim devido a suas opiniões contrárias ao Islã, sua intenção era proteger os grupos minoritários.

O caso fez com que Wilders se tornasse o principal político anti-imigração do país, mas a oposição às suas opiniões fizeram com que ele precisasse de escolta armada 24 horas por dia até os dias de hoje.

Em 2004, ele fundou o atual Partido Para a Liberdade para lutar pelos seus ideais sem empecilhos. Em 2023, Wilders conseguiu a maioria dos votos holandeses, e esta prestes a se tornar primeiro-ministro do país.

Principais pautas do Partido Para a Liberdade

Algumas das principais pautas que o Partido Para a Liberdade defende são:

  • diminuir e fiscalizar as imigrações para a Holanda;
  • diminuir o envio de dinheiro para a União Europeia, utilizando deste dinheiro para os holandeses;
  • diminuir o envio de armas para a Ucrânia, buscando manter o arsenal da Holanda para proteção do próprio país;
  • endurecer as políticas de combate à criminalidade.

Wilders resume seu pensamento político em "colocar os holandeses em primeiro lugar". Segundo ele:

"Teremos que encontrar maneiras de estar à altura das esperanças de nossos eleitores, para colocar os holandeses de volta como o número 1".

A Holanda é o país que mais paga impostos para manter a União Europeia e sua infraestrutura. O país gasta, por habitante, cerca de € 285 (R$ 1.500) anuais. 

Ele dá mais do que recebe de volta em investimentos da UE. Segundo a Corte de Auditoria da Holanda, o déficit referente ao dinheiro enviado para a UE é de € 5 bilhões (R$ 16 bilhões) por ano. Wilders busca mudar essa situação.

Críticas e manifestações de apoio

Logo após a eleição de Wilders, líderes e ativistas políticos se manifestaram de forma oposta. A esquerda holandesa e europeia afirmaram que a vitória de Wilders nas urnas foi um atentado contra a democracia. 

Para Frans Timmermans, líder do Partido Verde holandês:

"Agora é hora de defender a democracia".

Segundo o G1, membros do Parlamento da União Europeia ficaram preocupados com a vitória de Wilders, já que ele quer deixar de financiar o grupo. Organizações marroquinas também demonstraram descontentamento com o resultado.

Steve Forbes, editor-chefe da revista Forbes, afirmou que as vitórias de Geert Wilders na Holanda e de Javier Milei na Argentina indicam que as campanhas políticas anti-establishment estão se tornando a norma na geopolítica internacional.

Por outro lado, políticos conhecidos por defender a soberania nacional de seus países se alegraram com o resultado. Em entrevista à emissora France Inter, Marine Le Pen disse:

"[a vitória] demonstra que cada vez mais países da União Europeia contestam o seu funcionamento e desejam controlar a imigração, considerada por muitas pessoas como massiva e anárquica”.

Na Hungria, o primeiro-ministro, Viktor Orbán, celebrou a vitória e comemorou os "ventos de mudança" na Holanda.

Na Itália, Matteo Salvini falou em desempenho "extraordinário" do holandês e afirmou que "uma nova Europa é possível".

WIlders afirmou que realizará um referendo entre a população holandesa para saber se o país deve sair da União Europeia.

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