O ataque aconteceu durante um evento promovido pelo Comitê Judaico Americano (AJC) e deixou a comunidade diplomática em alerta.
As vítimas foram Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim, que atuavam na embaixada israelense. Eles deixavam o local quando foram surpreendidos pelo atirador.
Segundo a polícia, Elias Rodriguez, de 31 anos, natural de Chicago, se aproximou de um grupo e abriu fogo sem aviso. Depois, entrou no museu, foi contido pelos seguranças e preso. Testemunhas disseram que ele gritou “Palestina livre” ao ser detido.
O FBI e a polícia de Washington tratam o caso como um crime de ódio com motivação política e antissemitismo. O vice-diretor do FBI, Dan Bongino, afirmou que o ataque parece ter sido um ato direcionado contra representantes do Estado de Israel. A chefe de polícia, Pamela Smith, disse que o suspeito já circulava pelo local horas antes, em atitude considerada suspeita.
Yaron trabalhava como assistente de pesquisa no setor político da embaixada. Sarah coordenava visitas e missões educacionais entre Israel e EUA. Os dois estavam juntos há mais de um ano e planejavam se noivar em breve. Segundo o embaixador Yechiel Leiter, Yaron havia comprado um anel e planejava pedi-la em casamento na semana seguinte, em Jerusalém.
O ataque gerou reações imediatas. O presidente de Israel, Isaac Herzog, se disse “arrasado” e prestou solidariedade às famílias. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chamou o episódio de “atentado antissemita bárbaro” e ordenou reforço na segurança das embaixadas israelenses no mundo todo.
Nos EUA, Donald Trump também se manifestou. Disse que o antissemitismo “não terá espaço no país” e prometeu justiça. Segundo o governo israelense, o ex-presidente está acompanhando pessoalmente o caso.
O episódio acontece em meio à escalada do conflito entre Israel e Hamas, com nova ofensiva militar em Gaza. A tensão internacional cresce, e o atentado reacende alertas sobre a segurança de diplomatas israelenses fora do Oriente Médio.
Ainda na noite do ataque, o Departamento de Estado dos EUA enviou um comunicado a representações diplomáticas estrangeiras pedindo reforço na segurança. Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, disse que o crime tem sinais claros de motivação política e religiosa.
Organizações judaicas e autoridades israelenses demonstraram preocupação com o aumento de ataques do tipo em solo americano. Para grupos como a Anti-Defamation League (ADL), casos assim mostram o avanço do discurso de ódio, mesmo entre indivíduos sem ligação direta com grupos extremistas, mas influenciados por redes sociais.
Rodriguez continua preso. A promotoria afirmou que ele será acusado por homicídio duplo com agravantes de crime de ódio e pode responder também na Justiça federal. Até agora, não foram confirmados vínculos com organizações terroristas, mas o histórico dele está sendo investigado.
Enquanto isso, a entrada do Museu Judaico virou local de homenagens. Flores, velas e mensagens foram deixadas por colegas e membros da comunidade. A segurança no entorno foi reforçada.
“O que aconteceu vai além de um atentado. Foi um ataque ao diálogo, à convivência e à liberdade. Eles morreram representando seu país, mas também foram vítimas do ódio que ainda ameaça o mundo”, disse o AJC, organizador do evento.
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