Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.
Paris 2024: surfista brasileiro foi obrigado a retirar pintura do Cristo Redentor de suas pranchas para participar dos Jogos Olímpicos
A justificativa foi o artigo 50 da Carta Olímpica, que proíbe símbolos e outras manifestações de cunho político ou religioso. A cerimônia de abertura, em Paris, recebeu críticas pelo modo como apresentou vários símbolos cristãos.
Um dos principais surfistas brasileiros, João Chianca, conhecido como Chumbinho, estava a poucas semanas de viajar para os Jogos Olímpicos quando recebeu uma notícia inesperada: para competir no evento, ele teria que remover a pintura de suas pranchas. Ele as havia customizado com imagens do Cristo Redentor, exclusivamente para o campeonato.
O motivo da proibição
A proibição teria sido embasada no artigo 50 da Carta Olímpica, que estabelece que “não é permitida, em qualquer instalação olímpica, qualquer forma de manifestação ou de propaganda política, religiosa ou social”.
A Carta é um conjunto de regras e guias para a organização dos Jogos Olímpicos, e para o comando do Movimento Olímpico. Ela foi originalmente escrita pelo Barão de Coubertin, em 1899, e atualizada pela última vez em 2013.
Natural de Saquarema, no Rio de Janeiro, o atleta teria tido a intenção de homenagear sua cidade natal e sua fé, por meio da pintura das pranchas.
O surfista João Chianca, o Chumbinho. Imagem: Reprodução Instagram.
João Chianca, o Chumbinho
Chianca é um dos mais renomados atletas brasileiros em seu esporte. Ele conquistou o quarto lugar no último Mundial de Surf, realizado no Havaí, garantindo uma vaga na competição de Paris. No entanto, sofreu uma grave lesão no campeonato, o que tornou sua participação nos Jogos Olímpicos pouco provável.
Evangélico, durante o processo de recuperação, chegou a questionar sua fé.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Chianca afirmou que, em meio à difícil recuperação, “encontrou-se, nas suas palavras,"com os pés no chão, com amor, com os familiares, com os amigos, ao redor de uma energia positiva".
“Nada como um dia após o outro. É muito doido. Mesmo que você passe por momentos difíceis, eu acredito que dia após dia as coisas vão começar a melhorar. Foi assim. Eu me afastei da minha fé e muitas vezes, eu duvidei de mim. Mas nada como um dia após o outro, e eu realmente percebi que sem a minha fé eu não conseguiria seguir em frente", disse à equipe do jornal.
O caso de Chumbinho é uma das muitas polêmicas que têm envolvido os Jogos Olímpicos de Paris em 2024.
A cerimônia de abertura foi alvo de severas críticas, pelo modo como foram apresentados uma série de símbolos cristãos.
A assessoria de imprensa de Chumbinho e o Comitê Olímpico Internacional foram procurados, mas até o fechamento desta reportagem não haviam se manifestado.