2024 foi ano olímpico. Entre vários atletas brasileiros que surpreenderam pela excelência, chamaram a atenção as performances de Rebeca Andrade e Caio Bonfim. Em cerimônia realizada no Vivo Rio, os dois atletas receberam o prestigioso Troféu Rei Pelé, tornando-se os atletas do ano no esporte olímpico brasileiro.
Rebeca Andrade venceu pela quarta vez, Ela ampliou sua coleção de medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris e conquistou seu quarto Troféu Rei Pelé, superando a judoca Beatriz Souza e a canoísta Ana Sátila. A ginasta não pôde comparecer à cerimônia, mas expressou sua gratidão através de um vídeo, ressaltando o ano histórico da ginástica brasileira. Francisco Porath, seu treinador, foi eleito o melhor técnico, destacando o crescimento da ginástica no país.
Rebeca Andrade é uma das maiores ginastas do mundo.
Além disso, impressiona por sua história de superação. Ela iniciou sua carreira no início dos anos 2000 em Guarulhos, São Paulo. Sua tia, que trabalhava em um ginásio de esportes, a apresentou à técnica Mônica dos Anjos, que viu potencial na menina e a incluiu em um projeto social de ginástica artística. Desde cedo, Rebeca destacava-se por sua energia e facilidade nos exercícios, apesar dos desafios de foco.
Vinda de uma família de pais separados e com poucos recursos limitados, Rebeca enfrentava dificuldades até para chegar aos treinos. Quando faltava dinheiro para a condução, caminhava durante horas.
Aos 10 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a integrar a equipe de ginástica do Flamengo. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, conquistou uma prata no individual geral e um ouro no salto. Em Paris 2024, ganhou mais quatro medalhas: ouro no solo, prata no individual geral e no salto, e bronze por equipes, tornando-se a brasileira com mais pódios na história.
Rebeca atribui seu sucesso ao equilíbrio e à confiança mútua em sua equipe, especialmente de seu técnico Chico.
Vinda de uma família numerosa, com sete irmãos, a atleta teve pouco contato com a família ao longo da vida, devido à sua intensa agenda, em decorrência da carreira.
Em um post emocionante, ela compartilhou a alegria de comemorar seu aniversário com todos os irmãos pela primeira vez em dez anos.
A atleta é profundamente cristã e chegou a se descrever como “preferida de Deus” por suas marcantes conquistas
Com seis medalhas olímpicas, Rebeca Andrade exemplifica como coragem e esforço podem levar a grandes conquistas, sendo a maior delas “estar com quem ama”.
Caio Bonfim fez história ao conquistar a medalha de prata na marcha atlética de 20 km em Paris, a primeira do Brasil nesta modalidade.
Ao receber o prêmio, o atleta, emocionado, relembrou sua trajetória e incentivou a persistência nos sonhos. Além de ser eleito o Atleta do Ano, também foi escolhido como Atleta da Torcida pelo voto popular.
Caio descreveu sua jornada com emoção, afirmando que "a corrida, ou melhor marcha, até aqui não foi nos últimos 17 anos de carreira, mas muito mesmo antes de nascer."
Ele credita grande parte de seu sucesso aos ensinamentos e apoio de sua mãe e treinadora, que enfrentou suas próprias lutas no atletismo e não pôde competir nas Olimpíadas de Atlanta em 1996 devido a mudanças nos critérios de seleção, embora tivesse se qualificado.
Seu pai, João Sena, também treinador, teve um papel crucial no desenvolvimento de Caio, introduzindo-o ao esporte desde cedo. "Eu sou a extensão de um trabalho de um cara que começou nos anos 1980", disse Caio, reconhecendo o legado de sua família no atletismo.
O atleta é reconhecido também por suas lutas pessoais. Na infância, enfrentou diversos desafios de saúde na infância, como meningite e pneumonia, além de uma intolerância à lactose que afetava seus ossos.
"O Caio, para mim, é uma história de superação. Essas conquistas, para um profissional de saúde que cuidou dele quando criança, é a maior recompensa que eu recebo. Eu acredito [que] eu tenho um pedacinho dessa medalha", afirmou Álvaro Nomura, o médico que cuidou do atleta na ocasião, em entrevista ao portal G1.
Mesmo com dificuldades físicas, sua mãe sempre acreditou em seu potencial.
Caio conseguiu se desenvolver no atletismo devido aos avanços da ciência e à persistência da mãe, que batalhou para que ele superasse não apenas limitações físicas, mas também financeiras.
Além de seu sucesso esportivo, Caio valoriza profundamente sua família, incluindo sua esposa e filhos, que chama de pilares de sua carreira.
O atleta é uma inspiração para colegas, como Max Batista dos Santos, seu padrinho de casamento e também marchador olímpico.
Outros premiados incluíram Gustavo "Bala Loka" no BMX freestyle e Ana Sátila da canoagem. José Roberto Guimarães recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva por sua contribuição ao vôlei.
O evento, que celebrou conquistas e novos desafios, foi conduzido pela atriz Larissa Manoela e pelo coach Paulo Vieira, reforçando o compromisso do Brasil com o desenvolvimento esportivo.
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