A Suprema Corte decidiu na sexta-feira (27) que os pais do estado de Maryland têm o direito de retirar os filhos de aulas que abordam histórias com temas LGBTQIA+.
O placar foi de 6 votos a 3. A maioria dos juízes entendeu que o governo não pode obrigar crianças a participarem dessas aulas. Para a Corte, isso fere a liberdade religiosa, garantida pela Constituição americana.
Tudo começou em Maryland, no Condado de Montgomery. Em 2022, o sistema público de ensino adotou livros com personagens gays e trans.
Alguns pais, muçulmanos, católicos e ortodoxos, entraram na Justiça para que seus filhos pudessem ser dispensados dessas aulas. Eles diziam que o conteúdo ia contra suas crenças e valores.
No início, o distrito escolar aceitava o pedido. Depois, suspendeu essa opção, alegando que o número de solicitações estava crescendo e que cada vez mais alunos deixavam as aulas .
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O juiz Samuel Alito, responsável pela tese vencedora, sustentou que o Estado não deve obrigar os alunos a absorver conteúdos que contrariem os valores de suas famílias..
“Um governo impõe um ônus ao exercício religioso dos pais quando exige que submetam seus filhos a instruções que representam uma ameaça real de minar as crenças e práticas religiosas que os pais desejam incutidos”.
Por outro lado, a juíza Sonia Sotomayor votou contra e alertou para os riscos da decisão. Para ela, o resultado pode isolar crianças de outras culturas e realidades.
“Essa convivência com ideias diferentes é parte essencial da vida em uma democracia. Mas agora ela pode desaparecer das escolas”.






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