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Brasil
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Sérgio Moro e Eduardo Paes protagonizam bate-boca em redes sociais. Entenda a polêmica

O juiz Marcelo Bretas criticou o indiciamento de Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado. Em reação, Eduardo Paes chamou Bretas de 'delinquente', ao que Sérgio Moro respondeu que os verdadeiros 'delinquentes' são os amigos do prefeito que Bretas havia prendido.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
24/11/2024 18:14
Intercept Brasil

O prefeito do Rio de Janeiro (MDB - RJ), e o ex-juiz titular da Lava Jato protagonizaram um bate-boca virtual sem precedentes na última sexta-feira, 22 de novembro. A declaração foi feita após a divulgação do suposto plano para matar Lula, Alckmin e Moraes. A estratégia ganhou os holofotes na semana passada, após a PF divulgar o relatório da Operação Contragolpe

Paes criticou o posicionamento de Marcelo Bretas, ex-juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, sobre os indiciamentos de 37 pessoas por um suposto plano de golpe militar.  

Sérgio Moro (União Brasil-PR) defendeu Bretas, respondendo que "delinquentes eram os amigos que ele [Bretas] prendeu". Ele se referia aos aliados do político. 

Paes revidou, acusando Bretas e Moro de “comprometerem a luta contra a corrupção por interesses políticos pessoais”. Declarou também que os dois “são o exemplo do que não deve ser o Judiciário”. 

“Você ainda conseguiu um emprego de ministro da Justiça e foi mais longe na política. Esse aí nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se a sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!”

Em resposta, Moro escreveu: 

“Errado, quem destruiu o combate à corrupção foram os amigos dos delinquentes, ou seja, sua própria turma da impunidade. Ofensa de baixo calão não muda os fatos e só mostra quem ou o que você é”.

O prefeito carioca então acusou o senador de viabilizar “a ruptura das instituições” com sua “politização da atividade de magistrado”.“Hoje se há impunidade é porque você desacreditou a Justiça. Eu tenho tranquilidade em relação aos meus atos e minha trajetória política e não passo mão na cabeça de golpista e nem de delinquente nenhum. E reafirmo que seu lugar será o lixo da história!”

Moro argumentou que o prefeito estaria “nervosinho”, encerrando a discussão. Mais uma vez, Paes respondeu:

“Vou te levar pra passear em Maricá, Marreco! Comigo você não se cria. Tentou e não conseguiu. Parabéns pelo desempenho da “Conja” em Curitiba!  Aqui é tetra!  😎😎😎”.

A troca de acusações reflete as tensões políticas atuais e as consequências das ações da Operação Lava Jato, que teve Moro e Bretas como figuras centrais.

Veja a discussão abaixo: 

Operação que prometia “limpar” o país

Marcelo Bretas foi o titular da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Ele ordenou a prisão de políticos como o ex-presidente Michel Temer e empresários como Eike Batista.  

Tornou-se conhecido quando assumiu a 7ª Vara Federal Criminal, responsável pelos processos da Lava Jato no Rio.

Em 28 de fevereiro de 2023, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou Bretas por supostas irregularidades em sua conduta, incluindo negociação de penas e alinhamento político inadequado.

Já Sérgio Moro é uma das figuras mais famosas da Operação. Hoje senador, ele foi responsável por condenar Lula em 12 de julho de 2017. A sentença foi anulada pelo ministro do STF Edson Fachin, que viu irregularidades no processo. 

Para ele, o Tribunal Federal Regional da 4ª região, onde Moro trabalhava, não tinha a competência necessária para julgar o caso. O parecer foi referendado pelo plenário da Corte por 8 votos a favor e 3 contra. 

Com a decisão, Lula recuperou os direitos políticos e voltou à Presidência da República. 

Eduardo Paes, por sua vez, acabou de se reeleger prefeito do Rio de Janeiro em primeiro turno. Ele já havia ocupado o cargo entre 2009 e 2017. Voltou à prefeitura em 2020 e agora governará a Cidade Maravilhosa por mais 4 anos. 

Atualmente, ele sofre um processo por possível corrupção passiva na eleição de 2012. O caso estava sendo julgado pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. No entanto, o STF decidiu em julho de 2024 que a ação deverá ficar a cargo da Justiça Eleitoral. 

Não há informações sobre prazos para o julgamento. Esse tipo de discussão entre atores tem ocorrido com frequência no Brasil. A luta por protagonismo e controle de narrativa é retratada pelo original Brasil Paralelo, O Teatro das Tesouras.

A produção mostra um pouco mais sobre o jogo que envolve a política nacional. Assista:

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