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Atualidades
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Quem é Helder Barbalho? O governador responsável pela COP30

Conheça a trajetória, as ideias e as polêmicas do governador paraense que ganhou destaque após responder o presidente dos Estados Unidos.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
11/11/2025 12:18
Bruno Cecim

Com a realização da COP30 em Belém do Pará, os olhos do mundo se voltam para o estado que recebe líderes e delegações de mais de 160 países.

Poucos dias antes da abertura do evento, uma declaração chamou a atenção. Donald Trump acusou o Brasil de destruir a Floresta Amazônica para construir uma rodovia em Belém.

A declaração foi respondida pelo governador Helder Barbalho (MDB), que ironizou a crítica e do presidente e o convidou para “tomar um tacacá” durante a conferência.

Desde então, Helder  ganhou destaque nacional e internacional, despertando curiosidade sobre quem é o político que comanda o estado-sede da COP.

Filho de uma das famílias mais tradicionais da política paraense, Helder foi ministro em três governos e se consolidou como liderança de projeção nacional, sendo cotado até para vice-presidente em 2026.

No entanto, sua trajetória também é marcada por investigações, embates e reviravoltas. Saiba quem é Helder Barbalho, o governador que virou protagonista às vésperas da COP30.

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Quem é Helder Barbalho?

Helder Zahluth Barbalho nasceu em Belém e é filho do senador Jader Barbalho, ex-governador do Pará, e da deputada federal Elcione Barbalho, ambos figuras históricas do MDB.

Desde cedo, conviveu com os bastidores do política. Filiou-se ao partido aos 18 anos, liderou a juventude em nível estadual e formou-se em Administração pela Universidade da Amazônia, com MBA em Gestão Pública pela FGV.

Aos 21 anos, foi eleito vereador de Ananindeua, o mais votado do município. Em 2002, tornou-se deputado estadual. Três anos depois, aos 25, assumiu a Prefeitura de Ananindeua, o mais jovem prefeito da história do estado.

Reeleito em 2008, recebeu o Selo UNICEF Município Aprovado e o título de Prefeito Empreendedor do Sebrae por projetos sociais e de geração de emprego.

  • O governador do Pará ganha destaque por organizar a COP30, o maior evento mundial sobre políticas ambientais. Mas o que a conferência realmente representa hoje? Um esforço concreto para salvar o planeta, ou apenas um grande palco político para discursos vazios? Entenda no canal da Brasil Paralelo.

Da derrota à projeção nacional

Em 2014, Helder disputou pela primeira vez o governo do Pará. Chegou a 49,8% dos votos no primeiro turno, mas perdeu para Simão Jatene (PSDB) no segundo.

Pouco depois, ingressou no governo federal. Foi ministro da Pesca no segundo mandato de Dilma Rousseff e, após a extinção da pasta, assumiu a Secretaria Nacional dos Portos.

Com Michel Temer, comandou o Ministério da Integração Nacional (2016–2018), responsável por obras como a transposição do Rio São Francisco.

Helder venceu as eleições estaduais em 2018, com 55,4% dos votos, e se reelegeu em 2022 com 70,4%, a maior votação proporcional entre governadores do país.

Nas eleições municipais de 2024, o MDB paraense ampliou seu domínio, vencendo em 85 dos 144 municípios.

O primo do governador, Igor Normando, conquistou a Prefeitura de Belém, encerrando quase quatro décadas de ausência da família no comando da capital.

Impedido de concorrer novamente em 2026, Helder aposta na vice-governadora Hana Ghassan como possível sucessora. Ela foi secretária de Planejamento e é apontada como nome de confiança para manter o projeto político do grupo.

Ideias e bandeiras

Helder Barbalho adota um discurso pragmático, característico do MDB.

Nos últimos anos, fez da bioeconomia sua principal vitrine política. Em 2022, lançou o Plano Estadual de Bioeconomia e anunciou a venda de 12 milhões de toneladas em créditos de carbono, transação avaliada em quase R$1 bilhão.

Ainda em 2022, Helder Barbalho declarou apoio a Lula no segundo turno. “Não adianta declarar apoio e ir para casa; tem que ir a campo, e é o que vou fazer”, disse à época.

Os recursos financiam ações contra o desmatamento e programas comunitários de “floresta em pé”.

O governador também ampliou o efetivo policial e investiu em tecnologia. Seus discursos defendem parcerias público-privadas e obras de infraestrutura para conectar a Amazônia ao restante do país, com portos, rodovias e energia limpa.

Em Brasília, mantém trânsito livre entre diferentes campos políticos: já foi ministro em governos do PT e do MDB/PSDB, manteve diálogo institucional sob Bolsonaro e hoje é aliado de Lula, de quem o irmão Jader Filho é ministro das Cidades.

Polêmicas e investigações

Helder Barbalho enfrentou as primeiras ações judiciais quando era prefeito de Ananindeua (2005–2012). O Ministério Público Federal o acusou de irregularidades na aplicação de recursos da saúde e de convênios com a Funasa.

As investigações apontaram suspeitas de desvio e contratos irregulares, mas o Tribunal Regional Federal julgou o caso principal improcedente por falta de provas, e as ações foram arquivadas.

Eleições e mídia

Durante a campanha ao governo do Pará em 2014, Helder foi acusado de abuso de poder econômico e uso indevido dos veículos do Grupo RBA, pertencente à família Barbalho.

O TRE-PA absolveu o candidato, e o TSE manteve a decisão. Na mesma eleição, uma tentativa de restringir críticas em um programa de rádio local foi revertida pela Justiça, que reafirmou a liberdade de imprensa.

Citação na Lava Jato

Em 2017, delatores da Odebrecht afirmaram que Helder teria recebido R$ 1,5 milhão em caixa dois na campanha de 2014, identificado nas planilhas da empresa como “Cavanhaque”.

Ele negou as acusações e afirmou que todas as doações foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral. O inquérito foi arquivado por falta de provas, e nenhuma denúncia foi apresentada.

Pandemia e os respiradores

Durante a crise da Covid-19, o governo do Pará comprou 400 respiradores da China por R$50,4 milhões. Os aparelhos chegaram com defeito, e o Estado reverteu o pagamento de R$25 milhões já antecipados.

A Polícia Federal deflagrou a Operação Para Bellum para apurar suspeitas de superfaturamento, mas o Superior Tribunal de Justiça arquivou a investigação contra Helder em 2024 por ausência de provas.

Parte de seus ex-secretários, no entanto, virou ré em ações ainda em andamento.

Operação S.O.S e outros contratos

Também em 2020, a Operação S.O.S apurou contratos de R$1,28 bilhão com Organizações Sociais na saúde. Secretários e assessores do governo foram presos, mas o inquérito referente ao governador foi arquivado em 2023.

Outras investigações menores, como a Operação Solércia, sobre contratos de cestas básicas escolares, e ações de improbidade por gastos públicos seguem sem decisão final e sem provas de envolvimento direto de Helder.

Nomeações e controvérsia familiar

Em 2022, Helder indicou a esposa, Daniela Barbalho, para o Tribunal de Contas do Estado. A nomeação foi questionada na Justiça, suspensa e posteriormente confirmada pela Assembleia Legislativa, reacendendo o debate sobre impessoalidade no serviço público.

Parte das investigações foi arquivada, e outras seguem em curso contra ex-auxiliares. Mesmo após os escândalos da pandemia, o governador foi reeleito no primeiro turno e mantém alta influência política no Pará.

As acusações, embora constantes, nunca resultaram em perda de mandato  e seguem como parte do pano de fundo de sua carreira pública.

Um nome em ascensão nacional

Apesar das polêmicas, Helder Barbalho se consolidou como uma das figuras mais influentes do Norte e do MDB.

Com 46 anos, dois mandatos e experiência federal, é tratado nos bastidores como possível vice de Lula em 2026.

Seu perfil moderado e sua imagem de gestor equilibrado o tornam um nome viável para ampliar alianças políticas.

Durante a COP30, Helder Barbalho busca projetar a imagem do Pará como referência ambiental no país.

O governador apresenta propostas que unem desenvolvimento econômico e conservação da floresta, em um momento de grande visibilidade internacional.

O que a COP realmente representa hoje? Um evento para salvar o planeta ou um grande palco político para discursos vazios? Entenda no canal da Brasil Paralelo.

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